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As forças armadas chinesas realizaram nesta quinta-feira (04) os maiores exercícios militares com munição real já realizados em torno de Taiwan. Taiwan confirmou os exercícios, e disse que Pequim lançou 11 mísseis balísticos perto da ilha.
Taipei disse ainda que navios da marinha chinesa e aeronaves militares chegaram a cruzar, por alguns instantes, a linha mediana do Estreito de Taiwan, marcação que separa os dois países.
Os exercícios são uma resposta da China à visita da deputada norte-americana Nancy Pelosi a Taiwan.
A viagem, que durou menos de 24 horas entre terça-feira (02) e quarta-feira (03), enfureceu Pequim, que considera a ilha parte de seu território. As manobras chinesas afetam 900 voos e rotas de navios na região.
“A partir das 12h de hoje (quinta) até 12h do dia 7 será realizado um importante exercício militar do Exército Popular de Libertação. Durante esses exercícios de combates reais, seis áreas principais ao redor da ilha foram selecionadas e, nesse período, todos os navios e aeronaves não devem entrar nas áreas marítimas e no espaço aéreo relevantes”, informou a CCTV da China.
Taiwan implantou sistemas de mísseis para rastrear a atividade chinesa e disse que navios da marinha taiwanesa permaneceram de prontidão para monitorar a atividade na região.
Taipei ainda acusa a China de conduzir um bloqueio na região. O governo também que vários de seus portais têm sido alvos de hackers.
“O Ministério da Defesa Nacional sustenta que manterá o princípio de se preparar para a guerra sem buscar a guerra, com a atitude de não escalar o conflito ou causar disputas”, disse em comunicado do governo de Taiwan.
Pequim, por sua vez, defendeu os exercícios militares, bem como outras manobras nos últimos dias em torno de Taiwan, como “justas e necessárias” e culpou os EUA e seus aliados pela escalada.
“Na atual briga por conta da visita de Pelosi a Taiwan, os Estados Unidos são os provocadores e a China é a vítima”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, agradeceu às nações do Grupo dos Sete (G7) por apoiarem a paz e a estabilidade regionais, depois que o grupo pediu à China que resolva as tensões no Estreito de Taiwan de maneira pacífica.
“Taiwan está empenhada em defender o status quo e nossa democracia. Trabalharemos com parceiros que pensam da mesma forma para manter um Indo-Pacífico livre e aberto”.