Segundo dados divulgados na sexta-feira (6) pela ONG Espacio Público, foram registadas 28 violações da liberdade de imprensa na Venezuela durante o mês de julho, mais 7 do que em junho, quando foram 21.
“ Em julho os casos relacionados com violações do direito à liberdade de expressão voltaram a aumentar, intensificou-se o assédio a jornalistas e meios de comunicação, dificultando o seu trabalho e dever de informar os cidadãos e prejudicando a população ”, refere a ONG no seu relatório mensal.
Ainda de acordo com a organização, 20 vítimas foram registadas nestes eventos e 9 instituições do Estado estiveram envolvidas como perpetradores, juntamente com 5 forças de segurança e 5 funcionários.
“46% das violações à liberdade de expressão no mês foram relacionadas a atos de censura, 13 no total . Registramos 6 atos de restrição administrativa, 4 de assédio verbal, 4 de intimidação e um de assédio judicial”, destacou a organização.
Depois de oferecer esses dados, a ONG garantiu que o que acaba de terminar é o mês com mais casos registrados até agora neste ano .
Relativamente aos estados do país onde ocorreram estas violações, o Espacio Público indicou que apenas em Cojedes (centro) ocorreram 20% dos casos documentados , onde 4 estações de rádio foram encerradas por alegadamente não terem autorização para funcionar.
Em 3 de junho, o Espacio Público informou que os casos computados de violações da liberdade de expressão foram reduzidos em pouco mais de 17% nos primeiros 5 meses deste ano em relação ao mesmo período de 2021.
De janeiro a maio de 2022, a organização registrou um total de 82 casos, 17 a menos em relação aos 99 documentados nos primeiros 5 meses do ano passado.
Em janeiro, a entidade registrou 24 casos, em 19 de fevereiro, em 20 de março, em 8 de abril e em maio 11 casos.
