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Na quinta-feira (11), a Justiça da Argentina aceitou o pedido dos Estados Unidos (EUA) e apreendeu um avião da empresa Emtrasur –subsidiária da estatal venezuelana de aviação– detido no país desde junho.
Os EUA alegam que a Venezuela burlou sanções da Casa Branca ao comprar a aeronave de uma companhia aérea iraniana.
Além disso, alguns dos tripulantes seriam vinculados à força Quds, elite da Guarda Revolucionária do Irã, e ao Hezbollah, grupo islâmico xiita do Líbano. Os Estados Unidos classificam as duas organizações criminosas como terroristas.
A tripulação é formada por 14 venezuelanos e cinco iranianos –não está claro quantos deles ainda estão na Argentina.
Segundo a Telam, agência pública de notícias de Buenos Aires, o juiz Federico Villena agiu de acordo com o tratado de assistência jurídica mútua em questões penais com os EUA.
A promotora do caso, Cecilia Incardona, também era favorável à apreensão.
O avião, do modelo Boeing 747, aterrissou em Buenos Aires em 6 de junho com uma carga de autopeças vinda do México. Antes disso, ele estava no Paraguai, de onde levou cigarros para a ilha caribenha de Aruba.
Além da apreensão, a Justiça argentina aceitou a participação de agentes federais dos Estados Unidos na inspeção de provas e na análise de documentos vinculados à aeronave.
De acordo com o jornal argentino La Nación, o FBI esteve no aeroporto ainda nesta quinta.