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Em um esforço para aumentar a baixa taxa de natalidade do país, a Autoridade Nacional de Saúde da China anunciou nesta terça-feira (16) que desencorajará o aborto e tomará medidas para tornar o tratamento de fertilidade mais acessível, informou o International Business Times .
A autoridade publicou diretrizes em seu site que, entre outras medidas, incentivarão os governos locais a aumentar os serviços de cuidados infantis e locais de trabalho familiares. A autoridade também afirmou que implementaria a promoção da saúde reprodutiva para aumentar a conscientização pública enquanto “prevenia a gravidez indesejada e reduz os abortos que não são medicamente necessários”.
A taxa de fertilidade da China, que foi de 1,16 no ano passado, ficou significativamente abaixo do padrão de 2,1 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico para uma população estável e entre as mais baixas do mundo.
Os demógrafos dizem que as novas diretrizes vêm como a estrita política “zero-COVID” de Pequim, que colocou controles sobre as vidas, pode ter causado danos ao desejo de ter filhos.
A China, que impôs uma política de filho único por 35 anos até 2015, permitiu dois filhos por casal e no ano passado permitiu que os casais tivessem até três, de acordo com o International Business Times.
O governo teme que a escassez de mão de obra prejudique o crescimento econômico do país, que tem sido apoiado nas últimas décadas pela grande população em idade ativa da China, segundo o The Telegraph.
A liderança do país também está preocupada com o fato de que as baixas taxas de natalidade podem eventualmente prejudicar a capacidade da China de influenciar a política externa.
Estima-se que houve 9,5 milhões de abortos na China de 2015 a 2019, e ativistas pró-escolha disseram estar preocupados que a nova política de Pequim de limitar o acesso a abortos prejudique os direitos das mulheres.