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A Coreia do Norte disse nesta sexta-feira (26) que os últimos casos de febre detectados em sua região de fronteira com a China foram testados para ser influenza, não infecções por coronavírus , como se temia inicialmente.
O relatório da Agência Central de Notícias Coreana da Coreia do Norte veio um dia depois que o Norte disse que bloqueou áreas não especificadas na província de Ryanggang depois que quatro pessoas tiveram febres suspeitas de ser COVID-19.
A Coreia do Norte afirma que não tem casos confirmados de coronavírus desde 10 de agosto, quando o líder Kim Jong Un declarou uma vitória amplamente disputada sobre o vírus, apenas três meses depois que o país reconheceu um surto de ômicron.
A KCNA disse que os testes de diagnóstico de amostras, a natureza dos sintomas e as informações obtidas com o rastreamento de contratos levaram os profissionais de saúde a concluir que as febres foram causadas pela gripe. Desde então, os pacientes voltaram à temperatura normal, disse.
As autoridades norte-coreanas suspenderam o bloqueio, mas pediram aos moradores que mantenham a vigilância, continuando a usar máscaras e relatando às autoridades de saúde imediatamente se apresentarem sintomas de febre.
Enquanto Kim afirmou que o sucesso do país contra o vírus seria reconhecido como um milagre da saúde global, especialistas acreditam que a Coreia do Norte manipulou as divulgações sobre seu surto para ajudá-lo a manter o controle absoluto. A declaração de vitória sinaliza o objetivo de Kim de mudar para outras prioridades, incluindo um possível teste nuclear, dizem especialistas.
Depois de admitir um surto de coronavírus em maio, a Coreia do Norte relatou cerca de 4,8 milhões de “casos de febre” em sua população majoritariamente não vacinada de 26 milhões, mas identificou apenas uma fração deles como COVID-19. Especialistas dizem que o número oficial de 74 mortos no país é anormalmente pequeno, considerando a falta de ferramentas de saúde pública do país.
A Coreia do Norte insiste duvidosamente que a rival Coreia do Sul foi responsável por seu surto de COVID-19 e alertou para uma retaliação “mortal”, dizendo que o vírus foi transportado por folhetos de propaganda anti-Pyongyang e outros materiais transportados através da fronteira por balões lançados pela Coreia do Sul. ativistas civis. A Coreia do Sul descartou tais alegações como não científicas e “ridículas”.
