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Deputados russos de São Petersburgo pediram a destituição do líder do país, Vladimir Putin. Na sexta-feira passada (09), sete legisladores enviaram uma carta oficial à Câmara Baixa do país.
Eles descrevem que as hostilidades na Ucrânia “colocam em risco a segurança da Rússia e de seus cidadãos, além da economia”.
Os deputados russos também destacam que a guerra russa não conseguiu frear a Otan.
Segundo eles, ocorreu o contrário, fazendo com que a aliança se expandisse pelo leste europeu e sugerem que Putin seja destituído por traição à nação, conforme o artigo 93 da Constituição do país.
Uma carta direta a Putin também foi escrita pelos legisladores: “Sua retórica de intolerância e agressão mergulhou a Rússia de novo na Guerra Fria. A Rússia voltou a ter medo e ódio, ameaçando o mundo inteiro com armas nucleares”, descrevem.
“Nós pedimos que você se retire do cargo, porque suas opiniões e seu modelo de gestão estão completamente ultrapassados e impedem o desenvolvimento da Rússia e de nosso potencial humano”, afirmam os deputados diretamente a Putin.
Apesar das manifestações, Putin deve acabar punindo os deputados.
Um deles, Alexei Gorinov, por exemplo, foi condenado em julho a sete anos de prisão por se manifestar contra a guerra na Ucrânia.
“É um ato corajoso”, opina Mikhail Lobanov, da oposição: “Infelizmente, tenho certeza de que, na atual Rússia, eles terão grandes problemas. É claro que hoje milhões de pessoas no nosso país estão insatisfeitas, mas elas têm medo de falar, de escrever e publicar sobre isso”.