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O Banco Central Europeu está preocupado com os riscos potenciais para os mercados financeiros de um limite em toda a União Europeia para os preços do gás natural.
O bloco está em intensas discussões há várias semanas sobre como impor um limite aos preços do gás. A medida – projetada para evitar custos altíssimos para os consumidores – está se mostrando controversa para a Europa em meio a uma aguda crise energética após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, sugeriu em novembro que o limite deveria ser de 275 euros (R$ 1.479,80) por megawatt-hora. No entanto, vários Estados membros argumentaram que isso não foi longe o suficiente e é improvável que seja acionado.
O holandês TTF, principal referência europeia para os preços do gás natural, negociou cerca de 135,50 euros por megawatt-hora na sexta-feira.
As discussões sobre o limite continuam entre os 27 estados membros da UE antes de uma reunião ministerial na terça-feira – já que o BCE adverte que o limite pode ter repercussões nos mercados financeiros.
“O BCE reconhece que os mecanismos destinados a moderar os níveis extremos de preços e a volatilidade nos mercados atacadistas de gás podem, em princípio, aliviar uma série de riscos para a estabilidade financeira, incluindo os riscos expostos durante períodos de preços elevados e voláteis do gás em 2022”, disse o banco central. banco disse em um documento quinta-feira.
“No entanto, o BCE considera que o desenho atual do mecanismo de correção de mercado proposto pode, em algumas circunstâncias, comprometer a estabilidade financeira na zona euro”, acrescentou.
Os comentários estão de acordo com as preocupações levantadas por países como Alemanha e Holanda, que pediram garantias mais fortes de que o limite não afetará os mercados.
Os defensores do limite de preço argumentaram que o instrumento será monitorado regularmente e pode ser interrompido se os reguladores, incluindo o Banco Central Europeu, identificarem qualquer dificuldade financeira.
