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A Alemanha novamente se recusou a se comprometer a permitir que tanques de fabricação alemã fossem enviados para a Ucrânia, apesar da intensa pressão.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse nesta terça-feira (24) que não houve mudança na posição de Berlim sobre permitir que tanques Leopard 2 de fabricação alemã sejam enviados para a Ucrânia ou sobre permitir que outros países com tanques de fabricação alemã enviem suas unidades para Kyiv. Ele acrescentou que o governo ainda precisa avaliar a situação.
“Posso dizer que não há nenhuma informação nova aqui, a situação não mudou e estamos preparando nossa decisão, que virá muito em breve”, disse ele em entrevista coletiva conjunta com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
“Estamos investigando o assunto, qual é a situação atual em relação aos nossos tanques Leopard”, disse ele em comentários traduzidos. Ele observou que Berlim estava analisando não apenas seu estoque e estoques da indústria, mas também a compatibilidade de seus tanques para combate na Ucrânia, bem como questões relacionadas à logística de abastecimento e manutenção.
Ciente de que a resistência de Berlim em relação aos tanques atraiu críticas generalizadas, Pistorius insistiu que a Alemanha era um dos principais apoiadores militares da Ucrânia, além dos EUA e do Reino Unido, e que isso era “muitas vezes esquecido na discussão pública”.
Os últimos comentários de Berlim vêm depois de meses de pressão sobre o governo alemão para oferecer à Ucrânia alguns de seus tanques Leopard 2, ou para permitir que seus aliados exportem seus próprios tanques de batalha de fabricação alemã para o país devastado pela guerra.
Uma cúpula de defesa na sexta-feira passada na base aérea de Ramstein não conseguiu chegar a um acordo sobre tanques para Kiev e, até agora, apenas o Reino Unido havia prometido enviar 14 de seus próprios tanques Challenger 2 para a Ucrânia.
Na terça-feira, Stoltenberg, da OTAN, procurou defender a Alemanha do que provavelmente será uma crítica inevitável após esta última recusa em ceder nos tanques, dizendo que estava “confiante de que teremos uma solução em breve”.
Ele observou que a guerra atingiu um “momento crucial”, no entanto, e que os aliados “devem fornecer unidades mais pesadas para a Ucrânia. E devemos fazê-lo mais rápido”.
Durante meses, Kiev pediu a seus aliados tanques de guerra pesados que, segundo ela, poderiam ser decisivos para o resultado da guerra.
