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O ex-presidente Mauricio Macri disse que não será candidato nas próximas eleições nacionais. “Faço-o convicto de que temos de alargar o espaço político que iniciámos”, disse em vídeo publicado na deste domingo (26).
“Acredito que vão escolher aquele que melhor nos representa”, disse, após o que alertou: “Nunca mais teremos um fantoche para nos representar”.
A notícia surpreendeu e impactou todo o mundo político. Um dos principais nomes da oposição, o político governou a Argentina entre 2015 e 2019, e era dado como nome certo para o pleito deste ano.
Em sua mensagem, Macri criticou ao Governo ao apontar que “estamos à deriva, sem liderança, isolados do mundo, sozinhos” e enfatizou: “Temos que ter muito cuidado porque em situações difíceis saímos imediatamente procurando pois uma personalidade messiânica nos dá segurança. Juntos pela Mudança conseguiu superar essa falsa ilusão do salvador individual. Sempre o fizemos mantendo a unidade, apesar dos momentos complexos por que passámos. Estamos demonstrando isso com o grande número de líderes novos, competitivos e diferentes que temos hoje. Estou convencido de que esta é a equipe que a Argentina precisa para iniciar o novo ciclo”.
O ex-presidente fez questão de questionar “a liderança paternalista” que se instalou na Argentina “há 80 anos” e garantiu: “Nunca acreditei nesse modelo porque se baseia no caudilhismo, se baseia no capitalismo de amigos e na uma forma autoritária de governar. Eu acredito em indivíduos, em você, trabalhando juntos.”
“Sei que milhões de pessoas desejam que trabalhemos juntos novamente na direção que iniciamos em 2015, uma direção que infelizmente foi interrompida em 2019, mas como chegamos a ser assim ?”, questionou Macri.
“Os motivos são muitos, mas quero levantar um que repetimos há décadas. Há quase 80 anos, uma parte importante da sociedade argentina optou por acreditar em líderes messiânicos, personagens que supostamente nos salvariam e nos levariam a uma vida melhor. Muitos argentinos de uma fé depositaram neles suas esperanças e lhes deram a responsabilidade de realizar as mudanças necessárias. Mas esse tipo de liderança acabou sendo muito prejudicial para o país. Deu-lhes poder desproporcional para pessoas tão falíveis quanto qualquer um”, disse.