Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O papa Francisco disse que, quando era arcebispo de Buenos Aires há mais de uma década, o governo da Argentina queria ‘cortar a cabeça’ dele ao apoiar falsas acusações de que ele havia colaborado com a ditadura militar de 1970.
Francisco fez seus comentários em 29 de abril em uma conversa privada com jesuítas enquanto visitava a Hungria. A conversa dele foi publicada na terça-feira (09) no jornal jesuíta italiano Civilta Cattolica.
Durante a visita de Francisco, um húngaro jesuítas perguntou sobre o relacionamento dele com o falecido padre Frenc Jalics, jesuíta nascido na Hungria que fazia trabalho social em uma favela de Buenos Aires.
Frenc Jalics foi preso pelos militares argentinos sob suspeita de ajudar esquerdistas guerrilheiros.
Quando Francisco foi eleito papa em 2013, um jornalista argentino o acusou de ter traído os dois padres quando ele também era padre e o superior dos jesuítas argentinos durante a “guerra suja” dos militares contra os esquerdistas argentinos.
“A situação (durante a ditadura) era realmente muito confusa e incerta. Então surgiu a lenda de que eu os havia entregado para serem presos”, disse Francisco aos húngaros.
Francisco sempre negou isso e, quando foi eleito papa, Frenc Jalics emitiu um comunicado dizendo que a sua prisão não foi culpa de Bergoglio.
Em 2010, quando Francisco já havia se tornado arcebispo de Buenos Aires, ele testemunhou perante um painel de três juízes que investigava o período da ditadura.
“Algumas pessoas no governo queriam ‘cortar minha cabeça’… (mas) no final minha inocência foi estabelecida”, disse Francisco.