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As armas nucleares táticas russas serão implantadas na Bielo-Rússia em “vários dias”, disse o presidente Alexander Lukashenko, de acordo com a mídia estatal bielorrussa.
Lukashenko disse nesta terça-feira (13) que Minsk estava pronta para receber as armas, dias depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que as armas seriam implantadas de 7 a 8 de julho.
“Tudo está pronto. Acho que teremos o que pedimos em alguns dias, e até um pouco mais”, disse ele em comentários citados pela agência de notícias Belta nesta terça-feira.
Lukashenko alertou que não hesitaria em usar as armas em resposta a possíveis agressores.
“Por que nós precisamos deles? Para garantir que nenhum soldado estrangeiro volte a pisar em terras bielorrussas”, disse ele.
“Deus me livre de tomar a decisão de usar essas armas. Mas não haverá hesitação em caso de agressão contra nós.”
Isso marca a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou move ogivas para fora do país.
Putin classificou a guerra na Ucrânia como uma batalha entre a segurança da Rússia e a crescente aliança da Otan e disse que o Ocidente está enviando armas para a Ucrânia em uma guerra por procuração com Moscou.
Em março, ele anunciou a decisão de mover as armas para a Bielo-Rússia, plataforma de lançamento da “operação militar especial” de Moscou, apontando como justificativa o posicionamento de armas dos EUA em países europeus.
Embora os Estados Unidos tenham condenado o plano, eles dizem que não têm intenção de mudar sua posição sobre armas nucleares estratégicas e não veem nenhum sinal de que a Rússia esteja se preparando para usar armas nucleares na Ucrânia.
Lukashenko disse que Minsk também está trabalhando para garantir que as instalações bielorrussas possam abrigar armas estratégicas de longo alcance. No entanto, não há necessidade urgente, pois Moscou ainda não falou em fornecer as armas, disse ele.
“Para que preciso de [mísseis] estratégicos como os Topols? Embora agora estejamos preparando locais para essas armas também. Eles [os locais da era soviética] estão todos vivos e bem, exceto um. Portanto, se precisarmos, podemos a qualquer momento [acomodá-los]”, disse Belta, citando Lukashenko.
“Mas o Topol é um míssil intercontinental. Estou planejando entrar em guerra com a América? Não. é por isso que essas [armas nucleares táticas] são suficientes para mim agora”, disse ele.
A guerra na Ucrânia levou ao que tanto a Rússia quanto os EUA dizem ser o relacionamento mais tenso desde a Guerra Fria.