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Nesta quinta-feira (29), o governo francês anunciou que vai colocar 40 mil policiais nas ruas de subúrbios de Paris, capital da França, para tentar conter a onda de manifestações geradas por conta da morte de um adolescente que furou uma blitz por um policial na noite de quarta (27).
O jovem de 17 anos fugiu logo após ser abordado pelos policiais e foi baleado. O carro dele bateu e o norte-africano morreu por conta dos ferimentos da bala.
A Procuradoria de Paris pediu a prisão preventiva do policial que disparou contra o jovem e acusou formalmente o agente, que deve responder por homicídio voluntário.
Um vídeo da cena repercutiu nas redes sociais e mostra o oficial disparando contra o motorista de um veículo após o jovem acelerar e tentar fugir ao ser abordado pela polícia em Nanterre, cidade a 15 quilômetros do centro de Paris.
O presidente Emmanuel Macron também convocou para hoje uma reunião com ministros de alto escalão. Macron lamentou a morte do adolescente durante uma abordagem de trânsito.
A morte do jovem é “indesculpável”, afirmou o presidente francês ao se pronunciar sobre o caso.
Mesmo após as prisões, os protestos se espalharam nesta quinta pelos subúrbios das grandes cidades da França.
Na noite de quarta, na Avenida Pablo Picasso, em Nanterre, veículos capotados queimavam enquanto fogos de artifício explodiam nas linhas policiais.
A polícia também entrou em confronto com manifestantes na cidade de Lille, no norte, e em Toulouse, no sudoeste.
Também houve distúrbios em Amiens, Dijon e em vários distritos da região metropolitana de Paris.