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O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo aos oito estados amazônicos (Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guiana, Equador e Suriname) para que incluam a França no Tratado da Organização de Cooperação Amazônica (OTCA). Ele baseou esse pedido na Guiana Francesa, parte da região amazônica, compreendendo 1,1% de sua extensão.
Durante um discurso aos embaixadores franceses reunidos em Paris para a conferência anual de política externa, Macron anunciou: “A França é candidata a aderir à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.” Ele ressaltou o desejo de que o Brasil e as demais potências regionais aceitem sua solicitação de candidatura e permitam a integração, destacando que a França é uma “potência amazônica através da Guiana”.
Macron também enfatizou o interesse de Paris em ter uma representação que inclua a Guiana Francesa, área limitada pelo Brasil a leste e sul, e pelo Suriname a oeste. Essa região abrange cerca de 84 mil quilômetros quadrados, com uma população de 285 mil habitantes.
O pedido de integração foi oficializado três semanas após a Cúpula Amazônica realizada em 8 de agosto na cidade brasileira de Belém. Ainda que não tenha comparecido à cúpula, Macron situou essa demanda de adesão em sua política externa com o objetivo de reforçar suas regiões ultramarinas.
Durante a cúpula dos oito países-membros da OTCA em Belém, os chefes de estado da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela se comprometeram a promover uma “nova agenda” para a cooperação no bioma. No entanto, não estabeleceram metas específicas de combate ao desmatamento e não chegaram a um consenso sobre a exploração de combustíveis fósseis, tudo isso no contexto de uma declaração abrangente de 113 pontos que delineou um plano para garantir a preservação da floresta.