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Javier Milei, favorito nas pesquisas para a presidência da Argentina, acusou o Papa Francisco de ter afinidade com “comunistas assassinos” e de estar ao lado de “ditaduras sangrentas”.
Em entrevista ao apresentador americano Tucker Carlson, Milei disse que o pontífice “faz política” e tem “uma forte influência política”. Ele também acusou Francisco de ser “condescendente” com ditadores como Fidel Castro e Nicolás Maduro.
“O papa faz política. Ele tem uma forte influência política. Ele também mostrou grande afinidade com ditadores como Castro e Maduro. Em outras palavras, ele está do lado de ditaduras sangrentas”, disse Milei ao jornalista.
“Ele é alguém que considera a justiça social um elemento central de sua visão, e isso é muito complicado, porque justiça social é roubar o fruto do trabalho de uma pessoa e dá-lo a outra”, disse Milei.
As críticas de Milei a Francisco já levaram um grupo de padres de Buenos Aires a realizar uma missa em desagravo ao Papa.
Milei atribuiu sua popularidade ao fato de ter sido jogador de futebol, roqueiro e economista. Ele disse que a Argentina é um país “desesperado” e que sua candidatura é uma “rebelião natural do sistema”.
Nas primárias de agosto, Milei foi o mais votado entre todos os candidatos. Ele é visto como um outsider na política argentina e suas chances de vencer a eleição presidencial de outubro são consideradas incertas.