A morte de três crianças com suspeita de infecção por Streptococcus pyogenes provocou medidas de emergência em cidades de Minas Gerais para evitar a propagação da bactéria.
Em Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, 27 crianças apresentaram sintomas como febre e dor de garganta. Os casos estão sendo investigados pela Secretaria de Saúde como suspeitos de infecção pela bactéria Streptcoccus, que pode causar a escarlatina.
Segundo o secretário municipal de saúde, Salvador Fernandes, os primeiros casos suspeitos foram notificados na terça-feira (24) e aumentaram exponencialmente nesta quarta-feira (25). Todas as crianças, de 7 a 10 anos, são alunos da Escola Municipal Santo Antônio. O Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) também foi fechado a partir do Decreto nº 63/2023.
“Elas se queixam de febre, garganta doendo e vermelhidão na pele. Todas foram atendidas pelos médicos das unidades, medicadas e encaminhadas para casa. Estão sendo acompanhadas pelas equipes de Vigilância em saúde e nenhuma precisou ser internada”, informou o secretário.
O fechamento da escola segue até essa sexta-feira (26) para desinfecção do local. A decisão foi tomada durante uma reunião de emergência nesta quarta-feira, entre médicos, secretarias de saúde e educação, além de representantes da atenção primária municipal.
Ainda de acordo com Fernandes, a situação não é considerada como surto, uma vez que ainda não foram comprovados os casos. Ele informou que os exames começam a ser coletados nesta sexta para serem encaminhados para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
As escolas municipais de São João del Rei, Santa Cruz de Minas e Tiradentes também foram fechadas na última quarta-feira (25) e as aulas suspensas por tempo indeterminado depois que três crianças morreram em São João del Rei após apresentarem sintomas como febre e dor de garganta. Outras quatro crianças foram internadas. As autoridades locais investigam se elas foram contaminadas pela bactéria Streptcoccus.
As autoridades locais iniciaram um processo de desinfecção nas escolas. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforçou que não há critérios que comprovem um surto da bactéria ou risco à saúde da população. As aulas da rede privada e estadual não foram paralisadas.
