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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (13) que Israel assumirá a segurança da Faixa de Gaza por tempo indeterminado após o fim da guerra que travam no território palestino.
“Acredito que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade global pela segurança porque vimos o que acontece quando não a temos”, disse Netanyahu em entrevista à rede norte-americana ABC.
“Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é uma erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar”, acrescentou.
O primeiro-ministro israelense respondeu desta forma quando lhe perguntaram quem deveria governar Gaza quando a guerra terminasse, ao que respondeu: “Aqueles que não querem seguir o caminho do Hamas”.
O exército israelense tem bombardeado incessantemente Gaza e entrado no território em resposta ao ataque lançado em 7 de outubro pelo Hamas, cujos militantes mataram 1.400 pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 240 reféns.
O número de mortos na guerra em Gaza ultrapassa 10.000 pessoas, incluindo mais de 4.000 crianças, informou na segunda-feira o Ministério da Saúde deste território controlado pelo Hamas.
Na sua entrevista, Netanyahu lançou dúvidas sobre os números do ministério de Gaza e disse que certamente incluem “vários milhares” de combatentes palestinos.
Apesar dos crescentes apelos por um cessar-fogo por parte de vários líderes mundiais, incluindo o chefe da ONU, António Guterres, Netanyahu opõe-se a isso.
“Não haverá cessar-fogo, um cessar-fogo geral, em Gaza até a libertação dos nossos reféns”, disse ele à ABC News. “No que diz respeito a pequenos intervalos táticos, uma hora aqui e uma hora ali, já os tivemos antes”, acrescentou.
Como explicou o primeiro-ministro, Israel pode aceitar pausas para permitir a entrada de bens humanitários em Gaza ou permitir a saída de reféns capturados pelo Hamas.
Questionado se assumirá a responsabilidade pelo ataque de 7 de outubro, Netanyahu respondeu “é claro” e admitiu que o seu governo falhou “claramente” na sua obrigação de proteger a sua população.
Um futuro para Gaza
Mais cedo na segunda-feira, o primeiro-ministro de Israel explicou durante uma reunião com diplomatas estrangeiros em Jerusalém que a guerra contra os terroristas do Hamas “não é uma batalha local”. “Se o Oriente Médio cair no eixo do terror, a Europa será a próxima”, alertou.
Da mesma forma, indicou que se trata de “uma grande batalha entre a civilização e a barbárie”. “O eixo do terror é liderado pelo Irão. Inclui o Hezbollah (milícia do partido xiita libanês), o Hamas, os Houthis e os seus outros capangas”, acrescentou.
Neste sentido, Netanyahu sustentou que o conhecido como ‘Eixo da Resistência’ – uma aliança formada pelos parceiros do regime iraniano – quer devolver tanto o Oriente Médio como o mundo “a uma era das trevas”. “Eles procuram torpedear e inviabilizar qualquer progresso em direção à paz”, disse ele.
Netanyahu também disse que a destruição do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) por Israel trará ao povo da Faixa de Gaza “um verdadeiro futuro” de “promessa e esperança”.
(Com informações da EFE e AFP)