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O governo de Xi Jinping alertou neste domingo (14) que qualquer movimento em direção à independência de Taiwan será “severamente punido”. Essa declaração ocorre um dia após a ilha desafiar os avisos de Pequim ao eleger como presidente o candidato soberanista Lai Ching-te.
O atual vice-presidente e candidato oficial venceu as eleições presidenciais em Taiwan e prometeu defender a ilha da “intimidação” da China. A China, segunda maior economia do mundo, considera Taiwan parte de seu território, expressando a intenção de “reunificar” o país, inclusive pelo uso da força.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que “se alguém na ilha de Taiwan pensar em buscar a independência, estará tentando dividir a China e, sem dúvida, será severamente punido pela história e pela lei”. Wang reiterou que “não importa quais sejam os resultados das eleições, eles não podem mudar o fato de que existe apenas uma China e Taiwan faz parte dela”.
Taipei pediu às autoridades chinesas que “respeitem os resultados eleitorais e enfrentem a realidade” da ilha. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan apelou para que as autoridades de Pequim “respeitem os resultados, enfrentem a realidade e abandonem a opressão contra Taiwan”.
As eleições reforçaram o compromisso de Taiwan com a soberania, elegendo Lai como presidente. Com 100% das mesas apuradas, o candidato oficial somou 40,05% dos votos. Lai destacou que as eleições mostraram a preferência dos taiwaneses pela democracia em meio às tensões crescentes com a China, que considera Taiwan uma província rebelde.
Taiwan é governada autonomamente desde 1949, mas a China reivindica a soberania sobre a ilha. O resultado eleitoral prevê uma escalada nas tensões entre as duas partes.