As Forças de Defesa de Israel (IDF) descobriram um túnel pertencente ao grupo terrorista palestino Hamas sob a principal rodovia norte-sul da Faixa de Gaza, desta vez perto do campo de refugiados de Nuseirat.
The IDF reveals another Hamas tunnel under the Gaza Strip’s main north-south highway, this time in Nuseirat.
Troops of the 646th Reserve Paratroopers Brigade, elite Yahalom combat engineering unit, and other combat engineers, discovered and destroyed what the IDF says is a… pic.twitter.com/SN2c9tHIo8
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) January 16, 2024
Tropas da 646ª Brigada de Pára-quedistas de Reserva, da unidade de elite de engenharia de combate Yahalom e outros engenheiros de combate encontraram e destruíram o que as IDF dizem ser um túnel “estratégico” do Hamas, localizado sob a estrada Salah.
Este túnel, com centenas de metros de comprimento e aproximadamente nove metros de profundidade, atravessa o Wadi Gaza, também conhecido como Riacho Besor, segundo as IDF.
Segundo as IDF, este túnel foi utilizado por membros do grupo terrorista para viajar clandestinamente entre o norte e o sul de Gaza. Após sua destruição sob a estrada Salah a-Din, as FDI anunciaram a abertura de uma nova rota alternativa na área.
O Hamas utilizou mais de 6.000 toneladas de concreto e 1.800 toneladas de aço para construir a extensa rede de túneis subterrâneos na Faixa de Gaza, informou o Exército israelense na quinta-feira.
O Exército referiu-se a novas informações de inteligência recolhidas durante sua ofensiva militar dentro da Faixa, analisadas e verificadas, sobre o investimento que o grupo necessitava para sua rede de túneis, que ascende a dezenas de milhões de dólares.
“A organização terrorista Hamas decidiu investir estes preciosos recursos na construção de uma infraestrutura terrorista usada para prejudicar os cidadãos israelenses e as forças israelenses, ao mesmo tempo que explora cinicamente a população civil na Faixa de Gaza”, disse um comunicado militar.
Como parte de sua estratégia para desmantelar o Hamas, Israel tem como uma das suas prioridades destruir a rede de túneis, onde também acredita que se escondem a liderança do grupo e alguns dos 136 reféns que permanecem no enclave.
“Em vez de investir em infraestruturas civis e no desenvolvimento para beneficiar os residentes da Faixa de Gaza, o Hamas utilizou grandes quantidades de dinheiro e recursos ao longo de muitos anos para construir uma vasta rede de túneis subterrâneos utilizados para sua atividade terrorista mortal”, acrescentou.
Além disso, o Exército israelense informou nesta terça-feira que nas últimas horas destruiu 100 lançadores de foguetes do Hamas em Beit Lahia, no norte da Faixa, onde o ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciou ontem à noite que tinham concluído a fase intensiva dos combates.
“Durante a atividade das Forças de Defesa de Israel na área de Beit Lahia, as tropas localizaram aproximadamente 100 instalações de foguetes e 60 foguetes prontos para uso”, disse um comunicado militar.
O Exército indicou que nessa operação matou “dezenas” de milicianos do Hamas, que identificou como “terroristas”. “Numa operação coordenada entre tropas terrestres e aéreas em torno do campo de refugiados de Shati – também no norte – eles direcionaram aviões e um helicóptero para atacar nove agentes terroristas”, acrescentou o Exército.
Gallant anunciou ontem que a “fase intensiva” da guerra terminou no norte da Faixa de Gaza, onde a partir de agora as tropas se concentrariam em operações específicas para destruir instalações do Hamas ou contra alvos localizados.
Ele também prometeu que “em breve” a guerra também diminuiria de intensidade em Khan Younis, no sul do enclave, onde grande parte dos combates está agora concentrada, com a prioridade de encontrar a liderança do Hamas, Yahya Sinwar e Mohamed Deif, que são acreditados estar escondidos nos túneis subterrâneos daquela cidade.
No ataque do Hamas, em 7 de outubro, contra o território israelita, fator desencadeante da atual guerra, mais de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.
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