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Governo dos EUA comenta fala de Lula sobre Israel e Holocausto: “Obviamente Discordamos”

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O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, discordou nesta terça-feira (20) da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto.

“Obviamente, discordamos desses comentários. Fomos bastante claros ao afirmar que não acreditamos que tenha ocorrido genocídio em Gaza. Queremos ver o conflito encerrado o mais breve possível. Queremos ver um aumento na ajuda humanitária para os civis em Gaza. Mas não concordamos com esses comentários”, respondeu Miller.

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A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa no Departamento de Estado dos EUA. Um jornalista perguntou ao porta-voz se os comentários de Lula sobre a operação militar de Tel Aviv em Gaza e o Holocausto seriam discutidos pelo presidente brasileiro e o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que chegou ao Brasil nesta terça-feira (20).

De acordo com um comunicado do Departamento de Estado, Blinken “reafirmará nosso interesse mútuo em garantir a paz internacional, reconhecer os direitos dos trabalhadores, promover a igualdade racial e acabar com o desmatamento”.

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Segundo a embaixada dos EUA no Brasil, a reunião abordará questões bilaterais e globais. Blinken também participará da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro nos dias 21 e 22.

No domingo, Lula comparou a invasão de Gaza por Israel em resposta ao ataque do Hamas ao genocídio dos judeus por Hitler, o que gerou uma forte reação do governo israelense, que o declarou persona non grata. No entanto, ele nunca nega o Holocausto.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu de forma contundente, declarando Lula persona non grata e submetendo o embaixador Frederico Meyer a uma reprimenda oficial do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, no Museu do Holocausto em vez do Ministério das Relações Exteriores. Lula não pretende se desculpar, como exigido por Netanyahu, e ainda escalou a crise ao chamar o embaixador de volta ao Brasil. No protocolo diplomático, convocar o chefe da representação é considerado uma mensagem dura, que precede rupturas diplomáticas, embora na maioria das vezes não vá além desse ponto.

Uma conta oficial da diplomacia israelense ironizou o Brasil nas redes sociais e acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar o Holocausto.

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Na rede X, a conta “Israel” do Ministério das Relações Exteriores do país compartilhou uma publicação com a bandeira do Brasil perguntando “o que vem à sua mente quando pensa no Brasil?” e acrescentou o seguinte comentário: “antes ou depois de Lula negar o Holocausto?”

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