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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou seu “forte” apoio ao governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, diante das ameaças do Irã, que tem alertado para uma possível retaliação após o ataque perpetrado pelo Exército israelense contra o consulado iraniano na capital síria, Damasco.
“Como disse ao primeiro-ministro Netanyahu, nosso compromisso com a segurança de Israel contra essas ameaças do Irã e de seus representantes é inflexível”, disse o presidente dos EUA durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que estava em visita oficial ao país.
Nesse sentido, Biden enfatizou que sua Administração fará todo o possível “para proteger a segurança de Israel” contra Teerã, que ameaçou “lançar um ataque significativo” contra seu parceiro em retaliação ao ataque ao Consulado do Irã na Síria, que resultou na morte de 16 pessoas, incluindo dois civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Essas declarações de Biden também surgem após ele afirmar em uma entrevista ao canal de televisão americano Univision que Israel está cometendo “um erro” na Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista palestino Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
“O que peço aos israelenses é um cessar-fogo e que permitam, durante as próximas seis ou oito semanas, o pleno acesso a todos os alimentos e medicamentos”, disse, sublinhando também que “não há desculpas” que impeçam o enclave de receber ajuda humanitária.
Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, tiveram uma conversa nesta quarta-feira onde discutiram os esforços em curso para garantir a libertação de todos os reféns através de um acordo para um cessar-fogo imediato em Gaza, conforme informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
O secretário de Estado acolheu “com satisfação” os recentes anúncios de Israel sobre medidas urgentes para facilitar a entrada de assistência humanitária em Gaza e pediu que esse compromisso seja mantido.
Blinken também reiterou a Gallant que “nunca deve acontecer novamente” o ataque ao comboio da ONG World Central Kitchen, do chef espanhol José Andrés, que matou sete de seus trabalhadores.
Por outro lado, a tensão entre Irã e Israel continuou aumentando nesta quarta-feira depois que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ameaçou expressamente Teerã com um ataque em seu território.
“Se o Irã atacar a partir de seu próprio território, Israel responderá e atacará no Irã”, publicou Katz na rede social X, tanto em hebraico quanto em persa, etiquetando a conta do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.
Também o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, parecia enviar uma mensagem ao Irã ao afirmar durante um encontro com soldados que o país “saberá como reagir rapidamente com uma ação ofensiva decisiva contra o território de quem atacar nosso território, não importa onde esteja, em todo o Oriente Médio”.
Pouco antes, Khamenei havia sugerido novamente que Teerã puniria Israel pelo ataque ao consulado em Damasco. “O regime sionista (Israel) deve e será punido”, disse em um discurso televisionado por ocasião do Eid al-Fitr, a festa que marca o fim do mês do Ramadã, na mesquita Mosalla de Teerã.
(Com informações de EuropaPress e EFE)