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Os países da União Europeia anunciaram, nesta terça-feira, que chegaram a um acordo para utilizar os ganhos gerados pelos ativos russos congelados para fornecer apoio militar à Ucrânia e ajudar na reconstrução do país devastado pela guerra.
A União Europeia possui cerca de 210 bilhões de euros (225 bilhões de dólares) em ativos do banco central russo, a maioria congelados na Bélgica, como represália pela guerra de Moscou contra a Ucrânia. Estima-se que os juros desse dinheiro possam gerar aproximadamente 3 bilhões de euros (3,3 bilhões de dólares) anualmente. A Ucrânia está desesperada por armas e munições enquanto enfrenta a vantagem militar da Rússia.
A sede da UE informou que 90% do dinheiro será direcionado para um fundo especial conhecido como Fundo de Paz Europeu, que muitos países da UE já utilizam para obter reembolso das armas e munições enviadas à Ucrânia. Os 10% restantes irão para o orçamento da UE. Os programas financiados com esse dinheiro contribuirão para fortalecer a indústria de defesa ucraniana ou ajudar na reconstrução do país, caso alguns países se oponham ao uso militar dos recursos.
Apesar do acordo, há divergências entre os Estados membros. Um pequeno grupo, incluindo a Hungria, se recusa a fornecer armas à Ucrânia. As autoridades informaram que a primeira parte dos fundos poderia estar disponível em julho.
Nesta segunda-feira, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, destacou que é “vital e urgente” que os Estados Unidos e seus aliados encontrem uma maneira de utilizar os ativos russos imobilizados para ajudar a Ucrânia. Os trechos de seu discurso, que seria pronunciado na terça-feira em Frankfurt, surgiram quando os líderes financeiros do Grupo dos Sete países industrializados (G7) se preparam para se reunir no final desta semana.
Os aliados do G7 estão entusiasmados com um plano dos Estados Unidos que pode arrecadar cerca de 50 bilhões de dólares para a Ucrânia, informou o Financial Times. O plano envolve um empréstimo do G7 respaldado por ganhos futuros de cerca de 350 bilhões de dólares em ativos russos que foram imobilizados após a invasão da Ucrânia por Moscou.
Para a Itália, que ocupa a presidência do G7 este ano, a proposta é um “caminho interessante a seguir” e deve ser explorada mais a fundo. No entanto, qualquer decisão precisa do apoio da União Europeia, uma base legal sólida e só será anunciada quando os líderes do G7 se reunirem em junho.
Janet Yellen afirmou que “é vital e urgente que encontremos coletivamente uma maneira de desbloquear o valor dos ativos soberanos russos imobilizados em nossas jurisdições em benefício da Ucrânia”. Ela acrescentou que “este será um tema chave de conversa durante as reuniões do G7 esta semana”. Yellen também destacou a necessidade de continuar tomando medidas enérgicas contra a evasão das sanções russas, incluindo o uso de terceiros e bens sensíveis originários dos Estados Unidos e Europa.
(Com informações da AP)