Uma ativista do grupo Riposte Alimentaire, dedicado à alimentação ecológica, foi detido neste sábado (1) após colar um adesivo vermelho na obra “Coquelicots” (Papoilas) de Claude Monet, no Museu Orsay, em Paris. A ação teve como objetivo chamar a atenção para as questões do aquecimento global e suas potenciais consequências catastróficas, conforme informou uma fonte policial. (Vídeo no final da matéria).
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o adesivo incluía a imagem de uma paisagem apocalíptica em chamas. “Essa imagem de pesadelo é o que nos aguarda se nenhuma alternativa for implementada”, declarou o ativista na gravação. No momento do incidente, a pintura não estava protegida por vidro.
Após o ocorrido, a direção do museu informou que a obra foi retirada para ser examinada e restaurada por um especialista, e posteriormente será “recolocada”. Além disso, o museu disse que vai processar a ativista pelos danos causados à obra de arte.
A Riposte Alimentaire assumiu a responsabilidade por vários ataques semelhantes a obras de arte, todos com o propósito de destacar a crise climática. Em fevereiro, o grupo lançou sopa na Mona Lisa do Louvre e na obra de Monet “Primavera”, no Museu de Belas Artes de Lyon. “Queremos que as pessoas estejam cientes da urgência climática por meio de ações que não podem ser ignoradas”, afirmam membros do grupo.
No mês passado, membros do grupo distribuíram panfletos sobre “Liberty Leading the People”, obra icônica de Eugène Delacroix, no Louvre. Em abril, dois ativistas foram detidos no Museu d’Orsay sob suspeita de planejarem outro ataque semelhante.
O ativista pretendia protestar contra a inação diante das mudanças climáticas, incentivando o público e as autoridades a adotarem medidas mais agressivas e sustentáveis para enfrentar a crise ambiental. “Esta ação é um grito de desespero diante da falta de respostas concretas”, comentou um porta-voz da Riposte Alimentaire.
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