A Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu um comunicado nesta segunda-feira (3) informando que o fenômeno El Niño do período 2023/2024 está perdendo intensidade e mostrando sinais de dissipação. O El Niño ocorre quando há um aquecimento anômalo e persistente da superfície do Oceano Pacífico, influenciando as temperaturas e os padrões de chuva em várias regiões, incluindo o Brasil. No entanto, a nota também menciona a possibilidade de retorno das condições características do La Niña. Segundo a OMM, eventos climáticos naturais como o El Niño são afetados por mudanças climáticas causadas por atividades humanas, que estão elevando as temperaturas globais.
O ano anterior viu o fenômeno resultar em redução de chuvas em áreas como o Mato Grosso e a Região Norte do Brasil. Por exemplo, a estação meteorológica do Inmet em São Félix do Xingu, no Pará, registrou um volume total de 890 mm, em comparação com a média histórica de 1.985 mm.
Embora o fim do El Niño não represente uma pausa nas mudanças climáticas de longo prazo, já que o planeta continuará a aquecer devido aos gases de efeito estufa, houve contrastes nas condições climáticas em diferentes regiões. Grandes volumes de chuva foram observados principalmente no Rio Grande do Sul, com acumulados que excederam 2.000 mm no ano.
El Niño vs. La Niña:
Enquanto o El Niño envolve aquecimento anormal do Oceano Pacífico, o La Niña refere-se ao resfriamento em grande escala desse oceano, além de mudanças nos padrões de vento, pressão atmosférica e precipitação.
As previsões mais recentes dos Centros de Produção Global de Previsões de Longo Prazo da OMM indicam chances iguais de condições neutras ou uma transição para La Niña entre junho e agosto de 2024. As probabilidades de condições de La Niña aumentam para 60% durante julho a setembro e para 70% entre agosto e novembro. A possibilidade de um novo desenvolvimento do El Niño é insignificante durante este período.
