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Nesta terça-feira (25), a Rússia bloqueou o acesso a mais de 80 sites de veículos de imprensa da União Europeia (UE). A ação foi uma retaliação a uma medida análoga tomada pelo bloco europeu contra a agência de notícias RIA Novosti e os jornais Izvestia e Rossiyskaya Gazeta.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a França é o país mais afetado, com 9 meios de comunicação proibidos, incluindo a agência AFP e os jornais Le Monde e Libération.
A relação russa inclui publicações de 25 dos 27 Estados-membros da UE – as exceções são Croácia e Luxemburgo – e quatro veículos pan-europeus, como o site Politico Europe, de origem americana.
“Em resposta à decisão tomada pelo Conselho da União Europeia de proibir ‘qualquer atividade de transmissão’ de três meios de comunicação russos, introduzimos contrarrestrições de acesso no território da Federação Russa a vários meios de comunicação dos Estados-membros da UE que divulgam sistematicamente informações falsas sobre o progresso da operação militar especial [na Ucrânia]”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo ao tomar a decisão.
“Se as restrições aos meios de comunicação russos forem levantadas, também reconsideraremos a decisão em relação aos meios de comunicação mencionados”, acrescenta a nota russa.
Em 17 de maio passado, a União Europeia anunciou a suspensão de atividades de radiodifusão de meios de comunicação “sob controle permanente, direto ou indireto” do governo russo e usados para apoiar a “agressão contra a Ucrânia”.