Na tarde desta quinta-feira (11), o Kremlin condenou a decisão dos Estados Unidos (EUA) de implantar pontualmente mísseis de longo alcance na Alemanha e denunciou o que chamou de um “retorno à Guerra Fria” em meio ao gigantesco conflito entre Rússia e Ucrânia.
À televisão estatal, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Alemanha, EUA, França e Reino Unido estão “diretamente envolvidos no conflito” em Kiev.
“Todas as características da Guerra Fria reapareceram, com um enfrentamento, um confronto direto. Tudo isso está sendo realizado para garantir nossa derrota estratégica no campo de batalha. Isso não é motivo para ser pessimista, pelo contrário. É motivo para nos unirmos e utilizarmos todo nosso enorme potencial e cumprirmos todos os objetivos que estabelecemos no âmbito da operação militar especial [na Ucrânia]”, afirmou Peskov.
A Casa Branca revelou ontem (10) que, a partir de 2026, os EUA iniciarão a implantação estratégica de um novo armamento na Alemanha, capaz de ampliar significativamente o alcance dos ataques em relação aos sistemas americanos atualmente posicionados na Europa.
Nesta quinta, o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz justificou a medida dos EUA diante das crescentes preocupações com uma possível retomada da corrida armamentista, evocando lembranças da Guerra Fria.
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