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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta quinta-feira (25) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelos 50 anos de apoio a Israel durante um encontro na Casa Branca. A principal pauta da reunião é a negociação de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Antes do início da reunião no Salão Oval da Casa Branca, os dois líderes posaram para as câmeras de TV, sorriram, apertaram as mãos e se acomodaram em poltronas amarelas.
Biden foi o primeiro a falar, dando as boas-vindas a Netanyahu em sua primeira visita à Casa Branca desde que Donald Trump deixou o poder em janeiro de 2021. Biden afirmou que os dois têm “muito o que discutir”. “Então, devemos começar”, disse o presidente, passando a palavra a Netanyahu.
“Senhor presidente, nos conhecemos há 40 anos, e você conheceu todos os primeiros-ministros israelenses nos últimos 50 anos, desde Golda Meir. Portanto, de um judeu sionista orgulhoso a um irlandês-americano sionista orgulhoso, quero agradecer pelos 50 anos de serviço público e pelos 50 anos de apoio ao Estado de Israel”, declarou Netanyahu.
Biden aproveitou para brincar, lembrando que, quando conheceu Golda Meir, a primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974, um dos assessores israelenses presentes era um “tipo” chamado Isaac Rabin, que posteriormente foi primeiro-ministro em dois períodos, de 1974 a 1977 e de 1992 até ser assassinado em 1995. “Isso já faz tanto tempo. Naquela época, eu tinha apenas 12 anos”, brincou Biden, que tem 81 anos.
Biden informará a Netanyahu que é necessário um cessar-fogo em Gaza “em breve”, segundo comunicado da Casa Branca. “Acreditamos que (…) podemos chegar a um acordo, mas isso vai exigir, como sempre, liderança, comprometimento e esforço para alcançá-lo”, disse o porta-voz de Segurança Nacional, John Kirby. Biden reiterará que “acredita que precisamos alcançar um acordo, e precisamos alcançá-lo em breve”, declarou à imprensa.
Este é o primeiro encontro cara a cara entre os dois líderes desde que Biden viajou a Israel após os ataques do grupo palestino Hamas em 7 de outubro, como sinal de apoio. Desde então, a relação entre ambos se tornou cada vez mais tensa devido à resistência de Netanyahu em pôr fim à guerra em Gaza.
O principal objetivo de Biden é pressionar Netanyahu a chegar a um acordo com o Hamas que permita declarar uma trégua na Faixa de Gaza, onde 39.000 pessoas perderam a vida em quase dez meses de guerra, em troca da liberação dos reféns que o Hamas capturou em 7 de outubro e que permanecem no enclave.
De acordo com um alto funcionário americano, as negociações para um acordo entre Israel e Hamas estão em sua “fase final” e, durante a reunião, Biden pretende discutir com Netanyahu os últimos obstáculos.
Após a reunião no Salão Oval da Casa Branca, Biden e Netanyahu têm previsto um encontro fechado com famílias de reféns com nacionalidade americana.
Na noite de ontem, Biden destacou em um discurso à nação a partir do Salão Oval da Casa Branca que um de seus principais objetivos nos seis meses restantes de seu mandato será pôr fim à guerra, o que seria uma conquista importante para seu legado após ter encerrado sua campanha para as eleições de novembro.
A vice-presidente Kamala Harris, que quase tem garantida a nomeação do Partido Democrata, também deve se encontrar com Netanyahu mais tarde.
Esse encontro gerou grande expectativa, pois pode sinalizar como a vice-presidente, a primeira do governo americano a pedir explicitamente um cessar-fogo, poderia modificar a política americana em relação a Israel caso venha a assumir a presidência.
A última vez que Harris se reuniu com Netanyahu foi em março de 2021, mas ela acompanhou Biden em mais de uma dezena de chamadas com o primeiro-ministro israelense, segundo a Casa Branca.
Na sexta-feira, Netanyahu está programado para visitar Donald Trump em sua mansão de Mar-a-Lago, na Flórida, possível rival de Harris nas eleições de novembro.
(Com informações da EFE)