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Nicolás Maduro: “Venezuela Não Aceitará Intromissão Internacional”

(@Maduro)

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, declarou neste domingo (28) que espera não ter “intromissão” da comunidade internacional nas eleições do país e que a autonomia da Venezuela deve ser respeitada. A afirmação foi feita após ele votar pela manhã, às 6h15, em um colégio localizado em área militar. Maduro também afirmou que reconhecerá o resultado eleitoral declarado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

Pedido de Respeito Internacional

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“Ao nível internacional, pedimos respeito à Venezuela. Nosso país possui um árbitro e um sistema eleitoral próprio, e assim como não interferimos nos sistemas eleitorais de outras nações, esperamos que nenhum país se intrometa aqui. Eu respeito o processo eleitoral, a Constituição e a lei. A Venezuela é uma nação com uma Constituição, e todos estamos obrigados a respeitá-la”, disse Maduro.

Maduro disse que não permitirá que o país caia no caos. “Eu sou Nicolás Maduro Moros e reconheço e reconhecerei o resultado eleitoral, os boletins eleitorais, e farei com que o respeitem. Chamo aos dez candidatos presidenciais e aos 38 partidos políticos a respeitar, fazer ser respeitado e a declarar publicamente que respeitarão o boletim oficial do organismo encarregado de organizar o poder eleitoral do país, o Conselho Nacional Eleitoral”, declarou. A expectativa é que o resultado do pleito seja conhecido na madrugada de segunda-feira (29).

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O ditador venezuelano afirmou que toda a disputa eleitoral ocorreu pacificamente e espera que isso continue até o anúncio dos resultados. “Eu disse que esse dia ia chegar em paz, e em paz ele chegou. Não tivemos nenhum incidente eleitoral. [Tivemos] uma campanha eleitoral livre, aberta, onde cada candidato falou o que queria. O único candidato perseguido se chama Nicolás Maduro, eu, que sou perseguido internacionalmente pelos poderes do mundo”, afirmou.

Maduro afirmou que, caso seja reeleito, pretende intensificar o diálogo econômico, social, cultural e político no país. “Construir em consenso um projeto sólido de futuro. É um sonho compartilhado entre todos os venezuelanos de que o país seja uma das potências emergentes da América Latina”, afirmou.

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Questionado sobre a possibilidade de perder as eleições, Maduro reforçou que reconheceria os resultados, mas destacou que a Venezuela vem de um período conturbado, com muito derramamento de sangue. “Nós somos a garantia de paz [no país]. Nesse momento histórico, somos a única garantia de paz e tranquilidade que temos no país, para seguir construindo um horizonte de uma Venezuela mais democrática”, disse.

Eleições Decisivas

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Os venezuelanos decidem neste domingo (28) nas urnas a eleição mais importante dos últimos 25 anos. Pela primeira vez, a oposição é a favorita para vencer, embora haja dúvidas se o governo de Nicolás Maduro respeitará os resultados. As principais pesquisas indicam vitória de Edmundo González Urrutia, apoiado pela líder antichavista María Corina Machado, que foi impedida de concorrer.

González Urrutia, da PUD (Plataforma Unitária Democrática), receberia mais de 50% dos votos, enquanto Maduro teria cerca de 20%, valor próximo às estimativas de aprovação do governo. No entanto, institutos criados recentemente pelo chavismo apontam um resultado inverso.

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Desafios da Oposição

Ao longo do ano, o regime impôs novas regras e modificou outras para dificultar a vida da oposição. O caso mais emblemático foi a inabilitação de Corina Machado, que havia ganhado as primárias com mais de 90% dos votos. A oposição vai para disputa unida pela primeira vez em 11 anos. O momento em que ela esteve mais perto de vencer o chavismo foi em 2013, logo após a morte de Hugo Chávez. Maduro, então vice-presidente, venceu apertado Henrique Capriles, por 50% a 49%.

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Em 2018, a estratégia da oposição de boicotar a votação foi um desastre e resultou na reeleição de Maduro por ampla margem. Agora, os opositores fecharam questão com qualquer candidatura que fosse capaz de derrotar o chavismo.

Com informações de agências internacionais

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