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Nicolás Maduro instruiu seus subordinados a tomarem medidas urgentes em resposta à recente fraude eleitoral na Venezuela, conforme revelado por fontes à Infobae. O ditador venezuelano está preocupado com o isolamento internacional que sua eventual terceira administração pode enfrentar e com a fragilidade de seu governo, acentuada pela agitação social da população, agravada pelos resultados fraudulentos.
Maduro declarou: “Toda a liderança nacional deve assumir a liderança em cada estado. Devemos estar na vanguarda da batalha contra essa tentativa de guarimbeo (bloqueios de ruas ou estradas) e golpe de Estado. Vamos convocar nosso povo, líderes de rua, comunidades, conselhos comunitários e milicianos, e coordenar com a polícia e a guarda para manter a ordem e capturar os líderes responsáveis.”
“Devemos agir imediatamente. Coordene um posto de comando e um sistema de comunicação eficiente. Ajam agora”, ele ordenou a seus subordinados.
A oposição ainda não conhecia os resultados da CNE. Não convocaram protestos, mas milhares de pessoas expressaram seu descontentamento desde a madrugada de segunda-feira, fazendo barulho com panelas e qualquer som metálico vindo das janelas e portas de suas casas.
Na tarde de segunda-feira, em entrevista coletiva, a líder da oposição, María Corina Machado, garantiu que a coalizão antichavista tem “como provar a verdade do que aconteceu ontem na Venezuela”.
“Temos 73,20% das atas e, com esse resultado, nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia. Com os minutos que faltam, não chegam para o Edmundo. A diferença foi esmagadora”, afirmou o ex-deputado em conferência de imprensa, ao lado do porta-voz da Plataforma Democrática Unitária (PUD), o maior bloco da oposição.
Nesse sentido, Machado afirmou que Maduro obteve 2.759.256 votos contra 6.274.182 de González Urrutia.
“Quero dizer a todos os venezuelanos dentro e fora do país que agora temos uma maneira de provar a verdade”, disse o líder da oposição durante a coletiva de imprensa, que começou por volta das 19h. “O regime não dormiu porque estava muito preocupado; e nós não dormimos porque estávamos muito ocupados.”
“Vencemos e vocês venceram”, comemorou, explicando como acessar um portal onde todas as atas poderão ser vistas e os venezuelanos poderão verificar se seu voto está correto. “Houve eleições fraudulentas na Venezuela, mas nunca tivemos provas como agora”, concluiu.
Por outro lado, Machado fez um apelo por uma mobilização pacífica para esta terça-feira em todo o país.
González Urrutia sustentou que a coligação de oposição possui “as atas que mostram nossa vitória categórica e irreversível”.
O regime acusou a oposição de tentar desestabilizar o país através da violência. O presidente do Conselho Nacional Eleitoral denunciou uma suposta invasão do sistema eleitoral para “adulterar” os resultados, e o procurador-geral vinculou Machado ao assunto.
Os Estados Unidos, fundamentais no processo que levou às eleições, e os vizinhos Brasil e Colômbia, os três países que mais receberam migrantes venezuelanos, questionaram o escrutínio que concede a Maduro um terceiro mandato de seis anos com 51%, em comparação com 44% para González, segundo a CNE, com uma linha pró-governo.
(Com informações da EFE e AFP)