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Os governos do Brasil e da Venezuela firmaram um acordo pelo qual os diplomatas brasileiros serão responsáveis pela operação das embaixadas do Peru e da Argentina em Caracas.
A medida foi tomada após a expulsão dos diplomatas desses países pela Venezuela, que ocorreu devido à recusa em reconhecer a vitória do ditador socialista Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.
Em comunicados divulgados nesta segunda (05) pelo Itamaraty e pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, foi anunciado que, a partir de hoje, a Embaixada do Brasil em Caracas passará a cuidar da custódia das missões diplomáticas da Argentina e do Peru, incluindo seus bens, arquivos e a representação de seus interesses e nacionais no território venezuelano.
Recentemente, o Brasil já havia sido designado para administrar a embaixada da Argentina, o que levou o presidente Javier Milei a expressar publicamente seu agradecimento ao Brasil.
Agora, com a inclusão da Embaixada do Peru, o governo peruano também manifestou sua gratidão, destacando que o apoio brasileiro reflete o excelente estado das relações bilaterais, baseadas em laços históricos de cooperação.
A decisão dos presidentes da Argentina e do Peru de não reconhecer a vitória de Maduro, e de apoiar o opositor Edmundo González, mesmo sem a realização de uma auditoria dos resultados, gerou tensões adicionais.
Milei chegou a solicitar que as Forças Armadas da Venezuela tirassem Maduro à força.
A ditadura socialista de Maduro tem expulsado representações diplomáticas que contestam o resultado da eleição presidencial, incluindo as de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.