O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reiterou neste domingo (11) que o país causará “danos significativos” ao regime do Irã e ao grupo terrorista Hezbollah se as ameaças de ambos se concretizarem em ataques contra o território israelense.
Gallant fez essas declarações enquanto as tropas israelenses realizam simulados de combate no norte, próximo ao Líbano, em meio ao risco de um confronto total na região, onde há troca de tiros diariamente.
“Os inimigos do Irã e do Hezbollah ameaçam nos causar danos que nunca antes foram feitos. Quem fizer isso pode esperar de nossa parte uma resposta como nenhuma outra no passado. Temos capacidades significativas. Espero que reconsiderem e não conduzam a uma guerra em frentes adicionais,” afirmou Gallant em um comunicado militar.
Durante uma conversa com novos recrutas na base militar de Tel Hashomer, o ministro acrescentou: “É importante deixar claro que o Estado de Israel está lutando por sua existência em um ambiente hostil. Estamos há 10 meses em guerra em 7 frentes diferentes. A chave para nossa segurança é nosso povo. Não desejamos essa situação, mas precisamos estar preparados.”
No sábado, Ali Shamkhani, assessor político do líder supremo do Irã, afirmou que já foram feitos preparativos para um “severo castigo” contra Israel. “Preparativos foram feitos para punir severamente um regime (Israel) que só entende a linguagem da força,” declarou Shamkhani em uma mensagem na rede social X.
O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, prometeu em 31 de julho que seu país se vingará do assassinato de Haniyeh em um ataque com míssil de curto alcance em Teerã, onde ele estava em visita oficial.
Shamkhani afirmou que o único objetivo de Israel ao assassinar Haniyeh e ao atacar a escola Al Tabaín em Gaza é fomentar o belicismo e fracassar os esforços para um cessar-fogo na região.
Na madrugada de sábado, Israel bombardeou a escola Al Tabaín, que servia como abrigo para deslocados pela guerra, resultando na morte de mais de 100 pessoas. “O exército de ocupação (Israel) atacou diretamente os deslocados enquanto realizavam a oração do amanhecer,” denunciou o Hamas em um comunicado.
O Exército de Israel confirmou o ataque e disse que foi uma operação “precisa” realizada pelos seus serviços de inteligência contra “terroristas do Hamas que operavam em um centro de comando e controle integrado na escola.”
O Oriente Médio vive o momento mais tenso desde o início da guerra em Gaza, há onze meses, após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque atribuído a Israel em Teerã, e a morte de um dirigente do Hezbollah em Beirute.
Irã e milícias do Hezbollah ameaçaram represálias contra Israel, que afirma estar preparado para qualquer cenário. No momento, as tropas israelenses continuam realizando simulados de combate no norte do país com brigadas que têm lutado em Gaza e na Cisjordânia.
Neste domingo à noite (segunda-feira em Israel), pelo menos 30 projéteis foram lançados pelo Hezbollah do Líbano. “Após as sirenes soarem no norte de Israel, identificaram-se aproximadamente 30 projéteis cruzando do Líbano para a área de Kabri, vários dos quais caíram em áreas abertas. Não foram registrados feridos,” informou o Exército israelense em um comunicado.
A comunidade internacional intensificou os esforços diplomáticos para evitar o agravamento do conflito na região e continua pressionando Israel e Hamas para que assinem um acordo de cessar-fogo em Gaza.
(Com informações da EFE)
