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Um em cada cinco jovens é “nem-nem”, revela Relatório da OIT

(Pixabay)

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O mercado de trabalho global para jovens tem mostrado sinais de melhoria nos últimos quatro anos, com uma perspectiva positiva para os próximos dois anos, conforme aponta o novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançado hoje, no Dia Internacional da Juventude. O estudo, intitulado Tendências Globais de Emprego Juvenil 2024 (Global Employment Trends for Youth 2024 – GET for Youth), oferece uma visão detalhada das condições de emprego para jovens e os desafios persistentes enfrentados por essa faixa etária.

De acordo com o relatório, a taxa de desemprego juvenil global caiu para 13% em 2023, o nível mais baixo em 15 anos, representando uma redução em relação à taxa de 13,8% registrada em 2019. A tendência é de que a taxa continue a diminuir, alcançando 12,8% nos próximos dois anos. No entanto, essa melhoria não é uniforme em todas as regiões. Enquanto algumas áreas experimentaram progressos, outras, como os Estados Árabes e partes da Ásia Oriental e Sudeste da Ásia, viram taxas de desemprego juvenil superiores às de 2019.

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O relatório destaca uma preocupação significativa com a alta taxa de jovens fora do mercado de trabalho, de programas de educação ou treinamento, conhecidos como nem-nem (NEET, na sigla em inglês). Em 2023, 20,4% dos jovens globalmente se encontravam nessa situação, com as mulheres jovens sendo desproporcionalmente afetadas, representando dois em cada três casos. A recuperação econômica pós-pandemia ainda não alcançou todos os grupos etários, com muitas mulheres jovens e jovens de certas regiões não tendo acesso aos benefícios da recuperação.

Outro ponto crítico é a qualidade dos empregos disponíveis para os jovens. Mais da metade dos jovens trabalhadores no mundo têm empregos informais, com poucos conseguindo posições permanentes e seguras. Apenas em economias de alta e média renda, a maioria dos jovens trabalhadores possui empregos estáveis. Em contraste, três em cada quatro jovens em países de baixa renda enfrentam empregos autônomos ou temporários.

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Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT, ressalta a urgência de enfrentar esses desafios. “Nenhum de nós pode esperar um futuro estável quando milhões de jovens ao redor do mundo não têm trabalho decente e, como resultado, estão se sentindo inseguros e incapazes de construir uma vida melhor para si e suas famílias. Sociedades pacíficas dependem de estabilidade, inclusão e justiça social; e o trabalho decente para os jovens está no cerne de todos os três,” afirmou Houngbo.

O relatório também aponta que os homens jovens têm se beneficiado mais da recuperação econômica do que as mulheres. As taxas de desemprego juvenil entre mulheres e homens jovens em 2023 foram quase equivalentes (12,9% para mulheres e 13% para homens), ao contrário da situação anterior à pandemia. No entanto, a taxa global de “nem-nem” entre mulheres jovens dobrou em comparação com a dos homens jovens, atingindo 28,1% e 13,1%, respectivamente.

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Em resposta a esses desafios, a OIT recomenda um maior investimento em políticas que reforcem a criação de empregos decentes, especialmente para mulheres jovens e outras populações vulneráveis. A organização sugere uma abordagem mais eficaz para promover a inclusão no mercado de trabalho, melhorando a cooperação internacional e a parceria público-privada.

A 12ª edição do GET for Youth marca o 20º aniversário do relatório e analisa os avanços feitos no século XXI para melhorar as perspectivas de emprego dos jovens, ao mesmo tempo em que avalia o futuro do emprego juvenil em um cenário de crises e incertezas. O relatório conclui que será fundamental alinhar o desenvolvimento de qualificações com as crescentes demandas por habilidades digitais e verdes, e enfrentar os desafios impostos pelos conflitos e mudanças demográficas.

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Os autores do relatório fazem um apelo aos jovens para que se envolvam na defesa de mudanças e na promoção de trabalho decente. “Vocês têm a possibilidade de influenciar políticas e defender trabalho decente para todas as pessoas. Conheçam seus direitos e continuem investindo em suas habilidades. Sejam parte da mudança que todos nós precisamos para garantir um mundo socialmente justo e inclusivo,” conclui a mensagem.

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