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Após reunião de três horas com Blinken, Netanyahu Apoia Proposta dos EUA para Troca de Reféns com Hamas

(David Azagury/US Embassy Jerusalem)

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Após uma reunião de três horas com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Jerusalém na segunda-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou uma declaração apoiando publicamente a mais recente “proposta de mediação” dos EUA, que foi apresentada a Israel e transmitida ao Hamas ao final das negociações em Doha na semana passada.

“O Primeiro-Ministro reiterou o compromisso de Israel com a atual proposta americana sobre a libertação de nossos reféns, que leva em consideração as necessidades de segurança de Israel, nas quais ele insiste fortemente”, disse o Gabinete do Primeiro-Ministro em um comunicado emitido em hebraico e inglês.

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Esta foi a primeira vez que Netanyahu apoiou publicamente a mais recente fórmula dos EUA.

No sábado, Israel havia recebido com cautela a nova proposta dos EUA. Na ocasião, o Gabinete do Primeiro-Ministro divulgou um comunicado dizendo que a proposta “contém componentes que são aceitáveis para Israel”.

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O Hamas rejeitou a fórmula dos EUA na noite de domingo. Em sua declaração, o Hamas acusou Netanyahu de “impor novas condições e exigências” para impedir as negociações e prolongar a guerra em Gaza.

O grupo terrorista também afirmou que o texto mais recente, apoiado pelos EUA, estava alinhado com as exigências de Israel.

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A proposta, elaborada pelos EUA para viabilizar a conclusão de um acordo de troca de reféns por cessar-fogo até o final desta semana, busca resolver as divergências sobre a continuidade do desdobramento das forças israelenses ao longo da fronteira Gaza-Egito e no Corredor de Netzarim, no centro de Gaza, entre outros pontos críticos.

Na noite de segunda-feira, o canal 12 de notícias informou que a proposta dos EUA prevê “algum tipo” de presença israelense contínua no Corredor da Filadélfia, na fronteira com o Egito. No entanto, acrescentou, os negociadores de Israel informaram a Netanyahu que isso não é aceitável para o Hamas e que não haverá acordo se ele insistir nisso. No sábado, vários meios de comunicação hebraicos, incluindo o canal 12, relataram que a proposta de mediação não prevê uma presença israelense no Corredor da Filadélfia, nem um mecanismo no centro de Gaza para impedir o retorno das forças armadas do Hamas ao norte da Faixa, como também exigido por Netanyahu.

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Segundo o jornal libanês Al-Akhbar, na segunda-feira, Israel concordou em reduzir gradualmente o número de soldados desdobrados no Corredor da Filadélfia, enquanto, em troca, o Cairo concordou em não estabelecer um cronograma para a retirada completa das tropas.

Oficiais egípcios ainda insistiram que uma retirada total seja realizada o mais rápido possível, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações citada pelo Al-Akhbar. O Egito também pediu aos negociadores dos EUA que acelerem a entrega do equipamento destinado a garantir a rota de fronteira e se comprometeram a “trabalhar para garantir que não existam túneis operando sob ela” pelos quais armamentos poderiam ser contrabandeados para Gaza.

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Além de exigir uma presença contínua das Forças de Defesa de Israel ao longo da fronteira Gaza-Egito e um mecanismo para impedir que combatentes do Hamas se desloquem para o norte dentro da Faixa, Netanyahu também insistiu que Israel mantenha o direito de retomar a batalha contra o Hamas para alcançar ambos os objetivos declarados da guerra — a libertação de todos os reféns e a destruição do Hamas.

Não está claro como a “proposta de mediação” dos EUA, que não foi publicada, busca resolver essas questões.

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Netanyahu disse a Blinken em sua reunião — que seu gabinete descreveu como “positiva” — que enviaria seus principais negociadores a uma cúpula no Cairo no final desta semana, informou um oficial israelense ao The Times of Israel.

A equipe será liderada pelo chefe do Mossad, David Barnea, o diretor do Shin Bet, Ronen Bar, e o encarregado dos reféns das FDI, Nitzan Alon.

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Mais cedo na segunda-feira, antes de sua reunião com Blinken, o presidente Isaac Herzog culpou diretamente o Hamas pelo fracasso em alcançar um acordo de reféns.

“As pessoas precisam entender que isso começa com a recusa do Hamas em avançar”, disse Herzog, acrescentando que “ainda estamos muito esperançosos de que possamos avançar nas negociações que estão sendo conduzidas pelos mediadores.”

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Blinken chamou isso de “um momento decisivo, provavelmente a melhor, talvez a última oportunidade de trazer os reféns de volta para casa, de conseguir um cessar-fogo e de colocar todos em um caminho melhor para uma paz e segurança duradouras.”

No entanto, o secretário não colocou a culpa no Hamas: “É hora de resolver isso. Também é hora de garantir que ninguém tome medidas que possam atrapalhar esse processo. Então, estamos buscando garantir que não haja escalada, que não haja provocações, que não haja ações que de alguma forma possam nos afastar de fechar esse acordo, ou, por outro lado, de intensificar o conflito para outros lugares e maior intensidade.”

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“É hora de todos dizerem sim e não procurarem desculpas para dizer não”, enfatizou Blinken, em uma mensagem amplamente vista como indireta para Netanyahu.

Blinken estava programado para se encontrar com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel Aviv, ainda na segunda-feira, antes de seguir para o Egito.

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