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O governo dos Estados Unidos elaborou uma lista preliminar com 60 funcionários do regime de Nicolás Maduro que podem ser sancionados por suas ações antidemocráticas após as eleições de 28 de julho. A lista ainda pode sofrer alterações, mas reflete a postura de Washington de “responsabilizar aqueles que permitem fraudes eleitorais e repressão” na Venezuela.
Entre os funcionários listados estão membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), do Tribunal Supremo de Justiça e da polícia de contrainteligência militar, todos acusados de contribuir para a violação da vontade popular no país e para a onda de violência que se seguiu às eleições. Caso sejam sancionados, esses indivíduos não poderão viajar para os Estados Unidos nem realizar negócios com entidades americanas.
No entanto, o Departamento do Tesouro dos EUA apenas entregou a lista preliminar ao Departamento de Estado, sem fornecer detalhes sobre quando os nomes definitivos serão divulgados ou quando as sanções entrarão em vigor.
Enquanto isso, a administração de Joe Biden continua a apoiar, juntamente com aliados e organismos internacionais, o pedido pela publicação das atas pelo CNE e pelo fim da violência contra civis que, de forma pacífica, exigem o respeito à sua vontade expressa nas urnas.
“Em coordenação com nossos parceiros, estamos considerando uma série de opções para incentivar e pressionar Maduro a reconhecer os resultados das eleições,” afirmou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional recentemente, destacando que o descumprimento dos deveres pelo órgão eleitoral chavista descreditou a vitória do regime.
O porta-voz também expressou preocupação com a “repressão arbitrária e a detenção indiscriminada de partidos de oposição pelas forças de segurança venezuelanas,” que já resultaram na prisão de dezenas de políticos e de 1.503 civis.
No passado, a Casa Branca já havia imposto sanções a funcionários chavistas, que permanecem em vigor. Em 2023, após a assinatura do Acordo de Barbados, o governo americano relaxou algumas sanções sobre a Venezuela, mas decidiu restabelecê-las em abril deste ano devido ao descumprimento dos compromissos assumidos pelo chavismo.
Na terça-feira, Francisco Guerrero, secretário para o Fortalecimento da Democracia da Organização dos Estados Americanos (OEA), também condenou as recentes eleições na Venezuela, que ocorreram sem garantias de transparência, e reiterou a necessidade de apresentação da documentação pertinente.
“Em qual processo eleitoral no mundo se pode esperar três semanas para conhecer as evidências que garantem um resultado? Em nenhum outro lugar. O que isso confirma é que o sistema democrático na Venezuela entrou em colapso,” afirmou Guerrero durante a XVII Reunião Interamericana de Autoridades Eleitorais (RAE), destacando que “na Venezuela, ficou evidente que a população decidiu em direção oposta ao que diz a autoridade eleitoral.”
Ele enfatizou a importância de que “as autoridades eleitorais sejam autônomas, independentes e não respondam aos ditames dos poderosos ou dos grupos de interesse.”
Com informações da Reuters