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O Exército israelense afirmou nesta quarta-feira ter “eliminado nove terroristas armados” durante incursões militares terrestres e aéreas realizadas na madrugada em três pontos distintos do norte do território palestino ocupado da Cisjordânia.
As forças israelenses “iniciaram uma operação antiterrorista”, afirmou o exército em um comunicado, que detalhou que três “terroristas” foram mortos “em um ataque aéreo” em Jenin, outros dois foram “eliminados” em Jenin e Tulkarem, e mais quatro foram abatidos em “uma operação aérea antiterrorista na região de Faraa”, perto de Tubas, no Vale do Jordão.
O exército divulgou imagens deste último ataque com drones, contra palestinos armados que “ameaçaram as forças” que realizavam uma incursão.
Fontes do serviço de emergência do Crescente Vermelho Palestino (PRCS, em inglês) também relataram nove mortos nos ataques, além de treze feridos.
O objetivo da operação foi eliminar “ameaças terroristas imediatas” que pretendiam atacar a população civil, segundo o exército. O porta-voz militar, Nadav Shoshani, confirmou que tropas israelenses participaram, desde a meia-noite, de “um confronto em tempo real” tanto em Jenin quanto em Tulkarem, e afirmou que nenhum soldado foi ferido.
Shoshani acrescentou que os palestinos mortos estavam armados, e que explosivos foram desmantelados.
As brigadas de Jenin e Tulkarem, ativas nos principais focos da resistência armada palestina na Cisjordânia, relataram ao redor da meia-noite confrontos e troca de tiros com as tropas israelenses, que invadiram as áreas com franco-atiradores, infantaria, veículos militares e escavadeiras para destruir infraestruturas.
Vídeos gravados nas ruas de Tulkarem nesta manhã mostraram veículos e soldados do exército israelense no local.
A cidade de Jenin permanece completamente cercada, sem acesso ao Hospital Governamental ou ao especializado Ibn Sina, e com dificuldades para que as ambulâncias alcancem os feridos devido ao bloqueio de ruas, denunciaram fontes palestinas.
Segundo o porta-voz militar israelense, as tropas não têm intenção de tomar ou evacuar esses centros médicos, mas de “evitar que se transformem em zonas de guerra”, pois, segundo ele, os militantes costumam se refugiar nesses locais.
“Trata-se de uma tentativa da entidade (israelense) de impor novos fatos no terreno, destinados a subjugar a Cisjordânia ocupada, anexá-la e afirmar seu controle sobre nossos locais sagrados em uma guerra existencial contra o povo palestino”, denunciou em um comunicado o grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina, que confirmou “ferozes batalhas” travadas por seu braço armado, as brigadas de Al Quds.
A Cisjordânia vive a maior escalada de violência das últimas duas décadas, e em 2024 mais de 310 palestinos foram mortos por forças israelenses, a maioria militantes, mas também civis, incluindo cerca de 50 menores, segundo uma análise da EFE baseada em dados da Saúde palestina.
O Exército israelense intensificou suas incursões frequentes na Cisjordânia após o ataque do Hamas em 7 de outubro e, desde então, cerca de 650 palestinos morreram em incidentes violentos com as tropas e uma dezena com colonos, incluindo pelo menos 147 menores.
Do lado israelense, até o momento, 22 pessoas morreram este ano (11 militares e 11 civis, pelo menos seis deles colonos), a maioria em ataques realizados por palestinos, como tiroteios ou esfaqueamentos.
(Com informações da EFE)