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Justiça Venezuelana acata pedido do Ministério Público e emite mandado de prisão contra opositor Edmundo González

Edmundo González

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A Justiça da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra Edmundo González, opositor que concorreu à eleição presidencial de julho, atendendo a um pedido do Ministério Público. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (2), após o Ministério Público alegar que González foi convocado três vezes para prestar depoimento e não compareceu, alegando desconhecer os crimes que lhe são atribuídos e a qualidade em que deveria depor.

O Ministério Público acusa González de “instigação à desobediência das leis”, “conspiração”, “sabotagem de sistemas” e “associação criminosa”. A ordem de prisão foi solicitada pelo órgão em um ofício publicado na conta oficial do Ministério Público no Instagram, direcionado a um juiz responsável por casos de terrorismo.

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A investigação contra González está relacionada à publicação de uma página web pela principal coalizão opositora, a Plataforma Unitaria Democrática (PUD). A PUD alega ter carregado “83,5% das atas eleitorais” obtidas por testemunhas e membros das mesas de votação na noite das eleições, como parte de sua denúncia de fraude nas presidenciais. O governo, entretanto, classificou essas atas como “falsas”.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor das eleições, decisão questionada por diversos países, alguns dos quais apoiam a alegação de que González venceu com ampla margem. Sob pressão internacional e críticas sobre a transparência do processo, Maduro solicitou ao Tribunal Supremo de Justiça que realizasse uma auditoria do processo eleitoral. Em 22 de agosto, o tribunal, composto majoritariamente por membros do governo, confirmou a vitória de Maduro e declarou que as contagens de votos divulgadas pela oposição eram falsas.

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Desde então, o Ministério Público adicionou novas acusações contra González e outros membros da oposição. Aos 75 anos, González não aparece em público desde 29 de julho, um dia após a votação, e tem criticado a atuação do Ministério Público, apontando a falta de garantias no devido processo e acusando o procurador-geral de ser um “acusador político” que “condena antecipadamente”. González também se recusou a ser submetido a uma entrevista sem que fosse esclarecida a sua condição no processo e alegou que os crimes que lhe são imputados não foram cometidos.

Enquanto o CNE afirma que Maduro obteve 6,4 milhões de votos contra os 5,3 milhões de González, a oposição alega que suas cópias das atas mostram que o opositor conquistou 7,3 milhões de votos, enquanto Maduro obteve apenas 3,3 milhões.

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