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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), iniciou no domingo (1º) a vacinação contra a poliomielite em crianças com menos de 10 anos na Faixa de Gaza.
No primeiro dia da campanha, mais de 85 mil crianças foram vacinadas, conforme o balanço divulgado nesta segunda-feira (02).
Em uma postagem no Instagram, a Unicef expressou sua gratidão ao Ministério da Saúde da Palestina, à OMS, à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente e às equipes de campo envolvidas.
A organização destacou que, juntos, estão mais próximos de interromper a transmissão da doença e salvar vidas de crianças.
Rik Peeperkorn, representante da OMS na Palestina, informou que um acordo foi estabelecido entre Israel e o grupo palestino Hamas para permitir a vacinação das crianças contra a poliomielite durante as chamadas pausas humanitárias. Ele explicou que, após discussões com as autoridades israelenses, foram acordadas pausas humanitárias de três dias. Peeperkorn ressaltou que, embora não seja o cenário ideal, a pausa é uma solução viável para avançar na erradicação da pólio, sendo necessário que todas as partes cumpram o acordo e permitam a implementação da campanha durante o período de pausa.
Na sexta-feira (30), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupações sobre a possibilidade de vacinar todas as crianças dentro dos três dias de pausa humanitária autorizados. Ele mencionou que, devido à insegurança na região, estradas e estruturas danificadas e deslocamentos populacionais, três dias podem não ser suficientes para garantir uma cobertura vacinal adequada.
Foi decidido que a vacinação poderá ser estendida por um dia, se necessário, para alcançar uma cobertura eficaz.
A campanha de vacinação foi desencadeada após a confirmação, em agosto, do primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos, desde a erradicação da doença na região.
Tedros Adhanom Ghebreyesus informou que a OMS e seus parceiros trabalharam para coletar e transferir amostras da criança para testes em laboratório certificado.
O sequenciamento genômico revelou que o vírus está associado à variante do poliovírus tipo 2, encontrada em amostras ambientais recolhidas em junho nas águas residuais de Gaza. A criança, que desenvolveu paralisia na perna esquerda, encontra-se em condição estável.