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O Serviço Nacional de Investigação Criminal da Noruega, popularmente conhecido como Kripos, emitiu uma ordem de busca internacional contra um homem norueguês, supostamente vinculado ao incidente com milhares de dispositivos de comunicação relacionados ao grupo terrorista libanês Hezbollah, que explodiram de forma coordenada no início da semana passada, deixando mais de dez mortos e milhares de feridos.
As autoridades norueguesas informaram isso à radiotelevisão pública NRK. Na véspera, o Serviço de Segurança da Polícia da Noruega (PST) iniciou uma investigação preliminar em torno das informações que indicam a possibilidade de que a empresa búlgara Norta Global – propriedade do norueguês identificado como Rinson Jose, de 39 anos – possa estar relacionada à venda dos pagers ao Hezbollah.
De acordo com a chefe da Unidade de Pessoas Desaparecidas da Polícia de Oslo, Mari Elise Munaes Myhrer, as autoridades norueguesas buscam uma pessoa que foi declarada como desaparecida na quarta-feira, após se ausentar do trabalho. O chefe do suspeito afirmou que não sabe do seu paradeiro desde a semana passada, quando ele viajou para os Estados Unidos a trabalho. Segundo relatos, a empresa fazia parte da cadeia de suprimentos dos dispositivos pagers.
As primeiras pistas após as explosões levaram à firma taiwanesa Gold Apollo, que rapidamente se defendeu das suspeitas, afirmando que havia cedido os direitos de fabricação a uma segunda empresa, a BAC Consulting, com sede na Hungria. Taiwan realizou na semana passada buscas nos escritórios de ambas as empresas na ilha.
No entanto, o governo da Hungria indicou que a BAC Consulting é um mero “intermediário comercial”, sem capacidade de fabricação dos dispositivos. Fontes citadas pelo portal búlgaro Telex afirmaram que, na verdade, foi uma empresa com sede em Sofia, a Norta Global, que facilitou a venda dos dispositivos entregues ao Hezbollah.
A Agência Estatal de Segurança Nacional da Bulgária (DANS), responsável por tarefas de contraespionagem, negou no dia 20 que o país balcânico estivesse implicado no fornecimento dos dispositivos explosivos ao Hezbollah.
“Como resultado das inspeções realizadas pela DANS, em cooperação com a Agência Tributária Nacional, o Ministério do Interior e a Agência de Alfândega, foi estabelecido sem lugar a dúvidas que não foram importados, exportados nem fabricados na Bulgária dispositivos de comunicação que coincidam com os utilizados nos atentados de 17 de setembro de 2024 no Líbano e na Síria”, segundo um comunicado.
A explosão de milhares de pagers, seguida no dia seguinte por outros centenas de ‘walkie-talkies’, deixou dezenas de mortos e milhares de feridos. As autoridades libanesas e o Hezbollah atribuíram rapidamente o ocorrido a Israel e prometeram uma resposta, embora as autoridades israelenses ainda não tenham se pronunciado sobre o assunto.
(Com informações da EP e Reuters)