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O Exército israelense anunciou nesta quinta-feira (3) o resgate de uma mulher yazidi de origem iraquiana, que havia sido sequestrada há dez anos e, desde então, estava mantida na Faixa de Gaza por um terrorista do Hamas com ligações com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Em comunicado, as forças israelenses explicaram que o militante morreu durante a guerra em Gaza, possivelmente como resultado de um bombardeio israelense, e a mulher, identificada como Fawzia Amin Sido, de 21 anos, aproveitou o momento para fugir.
“Em uma operação complexa, coordenada entre Israel, Estados Unidos e outros atores internacionais, ela foi recentemente resgatada em uma missão secreta da Faixa de Gaza através da passagem de Kerem Shalom”, afirmou o Exército, especificando que depois foi levada para a Jordânia e, finalmente, para o Iraque, onde sua família está.
A ativista yazidi iraquiana Nadia Murad, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2018 e fundadora da ONG Iniciativa de Nadia, que ajuda mulheres yazidis que foram escravizadas sexualmente pelo EI na Síria e no Iraque, declarou em sua conta oficial no X (antigo Twitter) que “esta jovem yazidi foi sequestrada pelo EI em 2014”.
“Após a queda do califado no Iraque e na Síria (em 2017 e 2019, respectivamente), o EI a transferiu para Gaza. Ela não é a única mantida em Gaza pelo EI. Nos últimos dez anos, as autoridades iraquianas e a comunidade internacional não resgataram as mulheres e meninas yazidis cativas em Gaza, na Síria e em outras partes da região”, afirmou.
Horas antes, o Ministério das Relações Exteriores do Iraque anunciou que havia recebido a yazidi sequestrada Fawzia Amin Sido, “que foi libertada graças aos esforços conjuntos do Ministério das Relações Exteriores e do Serviço Nacional de Inteligência, em coordenação com as embaixadas dos Estados Unidos em Bagdá e Amã, além das autoridades jordanianas, após mais de quatro meses de esforços e acompanhamento”.
A jovem, disse o Ministério, foi sequestrada por “terroristas do EI e levada para vários países antes de ser libertada”, sem mencionar os locais onde esteve.
O Exército israelense divulgou duas fotos em que uma mulher com o rosto borrado aparece em um local que parece ser a passagem de Kerem Shalom para Gaza, onde, há meses, caminhões com ajuda humanitária estão acumulados devido às dificuldades de distribuição no território, que sofre constantes ataques de Israel.
Mais de 41.700 pessoas morreram, a maioria mulheres e crianças, e os corpos de milhares ainda estão sob os escombros no devastado enclave palestino, após quase um ano de incessante ofensiva israelense. EFE