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Um voo da Air India, que seguia de Nova Delhi para Chicago, fez um pouso de emergência na manhã de terça-feira (15) em Iqaluit, uma cidade localizada nas regiões árticas do Canadá. A decisão foi tomada após a equipe receber uma ameaça de bomba durante o voo.
A aeronave, um Boeing 777-300ER, aterrissou sem incidentes no aeroporto de Iqaluit, situado a cerca de 2.400 quilômetros a nordeste de Toronto, às 5h20 (horário local), ou 9h20 (GMT).
A Polícia Montada do Canadá informou que as 211 pessoas a bordo desembarcaram em Iqaluit enquanto uma investigação sobre a ameaça de bomba estava em andamento.
Em um comunicado divulgado no X, a Air India informou que o avião recebeu uma ameaça de segurança publicada na internet e, como medida de precaução, fez o pouso no aeroporto canadense de Iqaluit.
“O avião e os passageiros estão passando por uma nova inspeção conforme o protocolo de segurança estabelecido. A Air India ativou agências no aeroporto para ajudar os passageiros até que possam retomar sua viagem”, destacou a companhia aérea.
A Air India também mencionou que outras companhias aéreas locais foram alvo de uma série de ameaças nos últimos dias: “Embora posteriormente tenha sido verificado que todas eram falsas, como uma operadora aérea responsável, todas as ameaças são levadas a sério.”
Na segunda-feira, um voo da Air India que seguia de Mumbai para Nova York foi desviado para Nova Delhi após uma falsa ameaça de bomba. Além disso, a companhia aérea de baixo custo IndiGo relatou ameaças direcionadas a dois voos com destino a Jidá, na Arábia Saudita, e Muscat, em Omã.
Segundo meios de comunicação locais em Iqaluit, o capitão do voo recebeu “uma ameaça de bomba não especificada transmitida por uma pessoa na Índia para a Air India”.
O pouso de emergência do avião da Air India ocorreu horas depois que o governo do Canadá expulsou o embaixador indiano, Sanjay Kumar Verma, junto com outros cinco diplomatas do país asiático, devido à sua suposta ligação com uma rede criminosa envolvida no assassinato de um dissidente indiano em território canadense, além de outros atos criminosos.
O conflito surgiu após as acusações do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que afirmou que existem “elementos críveis” que ligam a Índia ao assassinato de Hardeep Singh Nijjar, líder sij e cidadão canadense, ocorrido em junho de 2023 em Vancouver. Nijjar promovia a criação de um estado independente chamado Khalistão para a minoria sij no Punjab indiano, uma iniciativa que Nova Délhi qualificou como terrorismo.
Em represália às expulsões, a Índia adotou a mesma medida contra o embaixador canadense em Nova Delhi e outros cinco diplomatas do país norte-americano.
A Air India concluiu seu comunicado afirmando que “está prestando toda a sua cooperação às autoridades para identificar os responsáveis por tais ameaças e assegurar que sejam responsabilizados pelos transtornos e incômodos causados aos passageiros, além de considerar ações legais contra os responsáveis para recuperar os danos sofridos pela companhia”.
(Com informações da EFE)