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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, confirmou nesta segunda-feira (28) que soldados da Coreia do Norte foram enviados à Rússia para lutar ao lado das tropas de Moscou na guerra da Ucrânia.
Essa é a primeira vez que a Otan reconhece oficialmente a participação da Coreia do Norte na guerra, uma informação que havia sido levantada anteriormente pelos serviços de inteligência da Ucrânia e da Coreia do Sul, o que gerou preocupações sobre uma possível ampliação da guerra.
Rutte descreveu o envio de tropas como uma “escalada significativa da guerra ilegal da Rússia”. Ele ressaltou que unidades militares norte-coreanas foram deslocadas para a região de Kursk, no extremo leste da Rússia.
A questão sobre o envio de soldados norte-coreanos foi inicialmente levantada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no início do mês, com base nas informações de inteligência de seu país.
Dias depois, os serviços de espionagem da Coreia do Sul, que ainda se encontram em um estado de guerra técnico com a Coreia do Norte, também confirmaram a movimentação, informando que soldados norte-coreanos foram enviados a bases na mesma região russa para treinamento.
Na última sexta (25), Zelensky afirmou que as tropas norte-coreanas devem ser posicionadas nas linhas de combate e entrar efetivamente no conflito até esta segunda-feira. De acordo com ele, as informações de inteligência indicam que, nos dias 27 e 28 de outubro, os primeiros militares norte-coreanos serão utilizados pela Rússia nas zonas de combate, o que representa uma escalada significativa por parte de Moscou, em contraste com a desinformação discutida recentemente em Kazan.
Zelensky também destacou que a utilização das tropas norte-coreanas no conflito exige uma “reação firme e forte” dos líderes mundiais.
O ucraniano alertou que o mundo pode ver claramente as intenções da Rússia, que busca a continuidade da guerra, e enfatizou que o envolvimento da Coreia do Norte nos combates deve ser respondido não com hesitações, mas com pressão significativa sobre Moscou e Pyongyang, em defesa da Carta da ONU e para punir essa escalada.