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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques antissemitas sofridos por torcedores israelenses do time Maccabi Tel Aviv em Amsterdã, nos Países Baixos, afirmando que eles “lembram momentos sombrios da história”.
Em uma publicação nas redes sociais, Biden declarou que “os ataques antissemitas contra torcedores de futebol israelenses em Amsterdã são desprezíveis e relembram períodos sombrios da história em que os judeus foram perseguidos”.
“Estamos em contato com autoridades israelenses e holandesas e apreciamos o compromisso das autoridades holandesas em responsabilizar os autores. Devemos combater o antissemitismo incansavelmente, onde quer que ele surja”, concluiu.
Na noite passada, grupos de jovens agrediram torcedores israelenses após um jogo de futebol em Amsterdã, aparentemente incitados por mensagens nas redes sociais convocando ataques contra judeus, segundo informaram na sexta-feira as autoridades holandesas. Cinco pessoas foram atendidas em hospitais e dezenas foram detidas após os ataques, que foram condenados como antissemitas pelas autoridades de Amsterdã, Israel e de toda a Europa.
As denúncias de discursos de ódio antissemitas, vandalismo e violência têm aumentado em toda a Europa desde o início da guerra em Gaza, e as tensões se intensificaram na capital holandesa antes da partida da Liga Europa, na quinta-feira à noite, entre o Ajax e o Maccabi Tel Aviv.
As autoridades de Amsterdã proibiram manifestantes pró-Palestina de se reunirem fora do estádio, e um vídeo mostrou uma grande multidão de torcedores israelenses entoando cânticos antiárabes a caminho da partida. Depois do jogo, jovens em patinetes elétricos e a pé percorreram a cidade em busca de torcedores israelenses, agredindo-os com socos e chutes e fugindo rapidamente para escapar da polícia, relatou a prefeita de Amsterdã, Femke Halsema.
Na rede social Telegram, “se fala de pessoas caçando judeus”, disse Halsema. “Isso é tão chocante e desprezível que ainda não consigo entender.” O ministro holandês da Justiça e Segurança, David van Weel, prometeu localizar e processar todos os responsáveis.
Segundo as autoridades, a polícia precisou escoltar alguns torcedores até os hotéis.
Ofek Ziv, torcedor do Maccabi, da cidade israelense de Petah Tikva, relatou que alguém – ele não viu quem – lhe arremessou uma pedra quando ele e um amigo saíam do estádio. A pedra o acertou na cabeça, causando um pequeno sangramento. Ele disse que um grupo de homens começou a persegui-lo, mas ele e o amigo conseguiram entrar em um táxi, que também levou outros torcedores. Eles se refugiaram em um hotel.
“Estou muito assustado, é chocante. Isso não deveria acontecer com ninguém, especialmente em Amsterdã. Muitos amigos ficaram feridos, machucados, sequestrados, roubados, e a polícia não veio nos ajudar”, disse.
Outro torcedor israelense, Alyia Cohen, afirmou que ele e seus amigos foram abordados por vários homens hostis enquanto retornavam ao hotel após a partida. Como o grupo não usava camisetas do Maccabi, “eles não reconheceram que éramos israelenses… Nada aconteceu com a gente, mas houve um grande caos que não esperávamos”.
A porta-voz da polícia de Amsterdã, Sara Tillart, disse que ainda é cedo na investigação para afirmar se outras pessoas, além dos torcedores de futebol, eram alvo dos ataques.
Cinco pessoas foram atendidas no hospital e liberadas, enquanto entre 20 e 30 sofreram ferimentos leves, segundo a polícia. O promotor da cidade, René de Beukelaer, afirmou em uma coletiva de imprensa na sexta-feira que ao menos 62 suspeitos foram detidos, e 10 deles continuam sob custódia.
(Com informações da AP)