General cristão é eleito presidente do Líbano

Publicado

09/01/2025

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O comandante das Forças Armadas do Líbano, Joseph Aoun, foi eleito presidente do país nesta quinta-feira, após receber 99 votos dos 128 membros do Parlamento em Beirute. O cargo estava vago há 26 meses, desde o término do mandato de Michel Aoun (sem parentesco com o atual presidente), em outubro de 2022.

Durante esse período, intensas negociações ocorreram, envolvendo atores locais e internacionais, como os Estados Unidos, França, Arábia Saudita e Irã.

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Uma das principais responsabilidades de Aoun será liderar a implementação do cessar-fogo acordado após o conflito entre Israel e o Hezbollah. Além disso, o novo presidente terá que enfrentar a reconstrução do país após a destruição causada pela guerra, lidar com uma das maiores crises econômicas globais em décadas, a maior proporção de refugiados per capita do mundo e questões relacionadas ao Hezbollah e à revolução síria, que resultou no fortalecimento de um grupo jihadista. O Líbano, nos últimos anos, também foi palco de uma das maiores explosões não nucleares da história, no porto de Beirute.

Apesar dos desafios, a eleição de Aoun representa um significativo avanço para o Líbano. Contando com o apoio de potências globais, ele deverá receber considerável ajuda militar e financeira para o país, o que gera uma onda inicial de otimismo. O próximo desafio será a negociação de um novo gabinete ministerial, uma tarefa complexa, pois será necessário encontrar um nome que seja aceito por todas as facções.

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O Líbano, a única nação árabe a nunca ter sido governada por um ditador ou monarca absolutista, possui um sistema de poder complexo, dividido em grupos sectários e baseado no consenso. O cargo de presidente é reservado aos cristãos maronitas; o de premier, aos muçulmanos sunitas; e o de presidente do Parlamento, aos xiitas. Aoun será o único chefe de Estado cristão no Oriente Médio, já que os demais líderes são muçulmanos, e em Israel, judeu. Os maronitas pertencem a uma igreja antiga em comunhão com o Vaticano, mas com rito siríaco. Seu patriarca, Beshara Rai, também é cardeal.

O Parlamento e o gabinete ministerial libanês também seguem uma divisão sectária.

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