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A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém estará fechada de quarta a sexta-feira, em um momento de crescente tensão onde o presidente Donald Trump avalia a possibilidade de ataques militares contra o Irã em apoio a Israel.
Em um comunicado à imprensa, a embaixada informou: “Em razão da atual situação de segurança e do conflito em curso entre Israel e Irã, a Embaixada dos EUA orientou todos os funcionários do governo dos EUA e seus familiares a permanecerem abrigados em suas residências e nas proximidades até novo aviso.”
O comunicado prosseguiu: “Dada a situação de segurança e em conformidade com as orientações do Comando da Frente Doméstica de Israel, a Embaixada dos EUA em Jerusalém estará fechada amanhã (quarta-feira, 18 de junho) até sexta-feira (20 de junho). Isso inclui as Seções Consulares em Jerusalém e Tel Aviv. Não haverá serviços de passaporte (de emergência ou regular) ou de Relatório Consular de Nascimento no Exterior.”
As tensões se agravaram na região no quinto dia da campanha aérea de Israel, que tem como alvo a infraestrutura militar e nuclear do Irã, levando ondas de moradores a fugir de Teerã.
Pela primeira vez, a agência nuclear da ONU confirmou que os ataques israelenses danificaram não apenas estruturas acima do solo, mas também a principal instalação subterrânea de centrífugas no local de enriquecimento de urânio de Natanz, no Irã. Israel defende a operação como essencial para impedir que o Irã avance rumo a uma arma nuclear, com pelo menos 224 pessoas mortas no Irã. Em resposta, o Irã disparou cerca de 400 mísseis e lançou centenas de drones contra Israel, onde 24 fatalidades foram relatadas até o momento.
“As operações realizadas até agora tiveram unicamente o propósito de advertência e dissuasão”, declarou o General Abdul Rahim Mousavi, comandante-em-chefe do exército iraniano, em um vídeo. “A operação de punição será realizada em breve.”
O Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, declarou em uma postagem no X: “Em nome do nobre Haidar, a batalha começa.” Haidar é um título comumente associado a Ali, a quem os muçulmanos xiitas consideram o primeiro Imam e o legítimo sucessor do Profeta Maomé.
Em uma postagem no Truth Social na terça-feira, o presidente Trump afirmou que os EUA sabem onde o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, está escondido, mas não querem que ele seja morto “por enquanto”. Trump também instou à “RENDIÇÃO INCONDICIONAL” do Irã à medida que o conflito Israel-Irã se intensifica.
Autoridades dos EUA insistiram na terça-feira que os militares americanos não tomaram nenhuma ação ofensiva contra o Irã, apenas ataques defensivos para interceptar mísseis iranianos e proteger Israel.
Trump enfrenta um momento crucial, já que a campanha de cinco dias de ataques com mísseis de Israel contra o Irã teria infligido danos significativos. Autoridades israelenses acreditam que estão perto de desferir um golpe decisivo na infraestrutura nuclear do Irã — especialmente se os EUA fornecerem apoio avançado, como munições “bunker-buster” (destruidoras de bunkers) ou assistência militar direta.
Os militares dos EUA aumentaram seu poder aéreo no Oriente Médio, implantando jatos de combate adicionais e estendendo as missões de aviões de guerra existentes à medida que o conflito entre Israel e Irã se intensifica, disseram três autoridades dos EUA à Reuters. Em uma postagem em rede social, Trump alertou que “agora temos controle completo e total dos céus sobre o Irã”.
Um oficial confirmou que a medida inclui a implantação de aeronaves avançadas como F-16s, F-22s e F-35s. O bombardeiro furtivo B-2 Spirit da Força Aérea é a única aeronave capaz de carregar o GBU-57 Massive Ordnance Penetrator de 30.000 libras, comumente conhecido como “bunker buster”. Esta formidável arma depende de seu imenso peso e energia cinética para penetrar alvos profundamente enterrados antes de detonar.
Atualmente, nenhum bombardeiro B-2 está estacionado no Oriente Médio, embora bombardeiros B-52 operando de Diego Garcia possam entregar munições de precisão menores. Se implantados, os B-2s precisariam fazer uma viagem de ida e volta de 30 horas da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, exigindo múltiplos reabastecimentos em voo.
