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A Alemanha está pronta para autorizar a Polônia a enviar tanques Leopard de fabricação alemã para a Ucrânia para ajudar Kyiv a combater a invasão russa se Varsóvia fizer tal pedido, disse a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, neste domingo (22).
“Se a questão for colocada para nós, não vamos atrapalhar”, disse Baerbock à televisão LCI após uma cúpula franco-alemã em Paris. “Sabemos a importância desses tanques e por isso estamos discutindo isso agora com nossos parceiros. Temos que garantir que a vida das pessoas seja salva e que o território da Ucrânia seja libertado.”
O governo alemão está sob pressão para fornecer à Ucrânia tanques pesados Leopard, que podem ter um impacto significativo no campo de batalha contra as tropas russas. A Polônia e a Finlândia propuseram entregar os tanques Leopard que possuem, mas exigem a aceitação oficial alemã para serem reexportados, pois são de fabricação alemã.
O chanceler Olaf Scholz até agora se recusou a comentar sobre este assunto ou sobre a entrega direta desses Leopards pela Alemanha .
Questionado sobre o assunto no domingo, como parte de uma conferência conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão foi evasivo, referindo-se à necessidade de agir em conjunto com os aliados da Ucrânia na entrega de armas.
O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki , foi um dos mais contundentes em suas críticas à Alemanha por atrasar o embarque de tanques. “Quase um ano se passou desde o início da guerra. Evidências de crimes de guerra russos podem até ser vistas no YouTube. O que mais a Alemanha precisa para abrir os olhos e começar a agir de acordo com seu potencial?
“O inimigo está no leste”, disse o primeiro-ministro em entrevista à agência oficial de notícias polonesa, PAP, “enquanto perdemos tempo com discussões que não rendem nada de bom”.
Além disso, o presidente criticou a política econômica de apaziguamento realizada nestes anos pelo governo alemão. “Eles esperavam domar o urso russo com contratos generosos”, declarou antes de assegurar que “até hoje a Alemanha ainda admite com dificuldade o erro” que essa iniciativa envolveu.
“Tento medir minhas palavras, mas vou dizer sem rodeios: a Ucrânia e a Europa vencerão esta guerra, com ou sem a Alemanha.”