Os lucros industriais da China caíram 6,7% em julho em relação ao ano anterior, estendendo a queda pelo sétimo mês consecutivo. A fraca demanda pressionou as empresas, à medida que a recuperação pós-pandemia vacilou na segunda maior economia do mundo.
Os ganhos diminuíram 15,5% em termos anuais nos primeiros sete meses do ano, após uma queda de 16,8% no primeiro semestre. A queda em julho foi menor do que a queda de 8,3% em junho.
Os preços das matérias-primas estão baixos e a pressão sobre os custos das matérias-primas nas indústrias intermediárias e a jusante diminuiu. O custo unitário das empresas industriais melhorou em geral.
Os grandes fabricantes chineses registraram perdas no primeiro semestre, com a empresa de engenharia China Aluminum International a reportar um prejuízo líquido de 830,6 milhões de yuans (114,2 milhões de dólares), em comparação com um lucro líquido de 123,6 milhões de yuans no ano anterior.
Os principais bancos reduziram suas previsões de crescimento para o ano para abaixo da meta do governo de cerca de 5%. A recuperação falhou devido ao agravamento da crise imobiliária, aos fracos gastos dos consumidores e à queda no crescimento do crédito.
As empresas estatais viram os lucros cair 20,3% nos primeiros sete meses deste ano, as empresas estrangeiras registraram um declínio de 12,4% e as empresas do setor privado registraram uma queda de 10,7%.
Os lucros caíram em 28 dos 41 principais setores industriais durante o período, com a indústria de fundição de metais ferrosos e processamento de laminação relatando a queda mais profunda, de 90,5%.
O banco central disse este mês que manteria sua política “precisa e enérgica” para apoiar a recuperação. Resta saber se medidas mais significativas viriam a reforçar o crescimento.
O presidente Xi Jinping disse na terça-feira num fórum na África do Sul que a economia era resiliente e que os fundamentos para o crescimento a longo prazo permaneciam inalterados.
