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O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Americanas, protocolado nesta segunda-feira (4) pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), afirma que não é possível apontar responsabilidades pela fraude contábil da empresa.
O documento aponta indícios de envolvimento da antiga diretoria, mas não é possível determinar com certeza quem são os responsáveis.
Chiodini afirma que o prazo da CPI foi insuficiente para realizar todas as diligências necessárias e que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal estão mais avançadas.
“O conjunto probatório, de fato, converge para o possível envolvimento de pessoas que integravam o corpo diretivo da companhia (ex- diretores e ex-executivos). Contudo, os elementos até então carreados não se mostraram suficientes para a formação de um juízo de valor seguro o bastante para atribuir a autoria e para fundamentar eventual indiciamento”, afirma o documento.
A Americanas sofreu um rombo de quase R$ 50 bilhões e está em recuperação judicial desde janeiro deste ano.
O relatório deve ser votado nesta terça-feira (5).
Ex-CEO acusa acionistas de referência
O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, enviou uma manifestação de 17 páginas à CPI na noite desta segunda-feira (4).
No documento, Gutierrez afirma que os acionistas controladores da varejista, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, participavam ativamente da gestão da empresa e tinham influência e controle sobre a contabilidade.
Gutierrez diz que a pressão por resultados positivos levou a uma manipulação da contabilidade, mas que ele não sabia disso.