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A unidade brasileira da Heineken modificou, há pelo menos três anos, a fórmula original de sua cerveja sem divulgar essas alterações aos consumidores, conforme publicado pelo portal Metrópoles. Documentos obtidos mostram que desde 2021 a cerveja tem sido produzida em períodos mais curtos, de 21 e 23 dias, em contraste com os 28 dias previstos na fórmula original amplamente divulgada pela marca.
Em resposta à solicitação de comentário, a Heineken afirmou que a produção sempre foi de no mínimo 21 dias, contrariando sua comunicação institucional anterior. Esta declaração diverge dos documentos internos da cervejaria, que indicam testes realizados para avaliar o impacto da redução do tempo de produção no sabor da cerveja.
Segundo a fórmula original, o processo de produção da Heineken exige 28 dias, com etapas que incluem enchimento do tanque, fermentação principal e armazenamento para atingir níveis específicos de diacetil, um aromatizante produzido durante a fermentação.
Funcionários da empresa, que preferiram não se identificar, relataram que os testes para alterar a fórmula começaram há pelo menos três anos para atender à demanda no Brasil. Inicialmente, a produção foi reduzida de 28 para 23 dias e, posteriormente, para 21 dias.
Apesar de afirmar em seu site oficial que a cerveja é produzida da mesma forma desde 1873 e mencionar o período de 28 dias, a Heineken não faz menção às mudanças feitas no Brasil.
Além disso, documentos revelam testes para produção em tanques verticais, em contradição com a produção tradicional em tanques horizontais, destacada pela marca. A empresa nega oficialmente a produção em tanques verticais, atribuindo eventuais testes a experimentações pontuais, sem alteração no processo produtivo ou na receita original do produto.