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Ex-diretor-superintendente da empreiteira Odebrecht e delator, Carlos Armando Guedes Paschoal, afirmou que não foi coagido a incriminar o ex-presidente petista, Lula, no processo do sítio de Atibaia.
No mês passado, ele havia afirmado que foi “quase coagido” e que “teve que construir um relato: “No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”.
Na última sexta-feira (9), durante depoimento na 3ª Vara da Fazenda Pública, em São Paulo, Paschoal afirmou que prestou todas as informações de forma livre e espontânea e que se equivocou ao falar em suposta coação.
“Quanto à expressão ‘quase coagido’ e minha colaboração envolvendo o ex-presidente Lula no sítio de Atibaia, reafirmo, como o fiz em meu interrogatório naquela ação penal, que a referida colaboração foi feita de maneira livre e espontânea. Admito que não me expressei de maneira adequada em meu depoimento como testemunha no dia 3 de julho de 2019, em São Paulo.”, disse o ex-superintendente.