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“Estou aqui há 24 horas e ninguém me ofereceu ainda um cigarro de maconha e nenhuma menina introduziu um crucifixo na vagina.” Desta forma a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, abriu seu discurso hoje em um evento conservador em São Paulo.
Em tom missionário, ela foi responsável pelo discurso mais aplaudido da CPAC Brasil (Conferência de Ação Política Conservadora) de hoje. Ela enalteceu o conservadorismo, defendeu o governo, reclamou de ideologia de gênero e criticou “o outro lado”.
“A cada dia eu me assusto da forma como eles estão nos vendo. Eles estão incomodados porque o Brasil já mudou”, afirmou a ministra, sob aplausos, sem explicar quem seriam “eles”.
“O presidente machista entrega para o Brasil o Ministério da Mulher. Consegue entender a loucura que está na cabeça desse povo? Eles não estão entendendo nada!”, declarou a ministra. “O presidente machista já sancionou seis leis de proteção à mulher. Chora esquerda!”.
A organização do evento está sob a responsabilidade da American Conservative Union (ACU), a fundadora do CPAC americano, em parceria com a Fundação Índigo, ligada ao PSL, partido de Bolsonaro.
Nos Estados Unidos, o CPAC é um evento muito aguardado. Os nomes do Partido Republicano mais frequentes no encontro são justamente aqueles que ganharam força com o governo de Donald Trump — que participou de várias edições. Muitos líderes de direita da Europa também participam do evento.
Em 2020, o evento americano, que ocorrerá de 26 a 29 de fevereiro, a organização do evento está vendendo um ingresso VIP a US$ 5.750 (R$ 23,8 mil) que dá direito a acesso privilegiado, participação em coquetéis e jantares, além de acesso prioritário aos locais das palestras.