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O advogado Frederick Wassef afirmou nesta sexta-feira (26), em entrevista à Veja, que ofereceu abrigo ao ex-assessor Fabrício Queiroz depois de receber informações de que ele seria assassinado e o presidente Jair Bolsonaro poderia ser incriminado.
“Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz seria assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro”, afirmou.
De acordo com o ex-advogado de Flávio Bolsonaro, havia um “plano traçado” para o assassinato de Queiroz e este seria parte de uma fraude, assim como, segundo ele, teria sido o caso do depoimento do porteiro do condomínio do presidente para as investigações da morte da vereadora Marielle.
“Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima de arquivo para evitar uma delação. Algo parecido com o que tentaram fazer no caso Marielle, com aquela história do porteiro que mentiu”, disse Wassef.
“Eu sabia que ele precisava vir a São Paulo se tratar. Precisava ter um local para ficar. Ele não podia ficar em um hotel, em pousada ou nada do gênero. Então, por uma questão humanitária, eu fiz chegar ao conhecimento dele que podia ficar em uma de minhas propriedades. Ofereci 3 opções: a casa em Atibaia, uma em São Paulo e outra no litoral”, continuou.
“Eu fiz uma coisa, em princípio, 100% humanitária. Depois, descobri que ajudei a salvar a vida dele de outra maneira”, afirmou Frederick.
“Meu objetivo foi tão somente conceder um espaço para que uma pessoa não viesse a morrer. Sempre houve um distanciamento entre nós”, finalizou.